A expectativa de anúncios de medidas estruturadoras: a certeza da frustração
É notável como a história se repete: em dois dias, duas coletivas para o ministro Fernando Haddad afirmar que há boas notícias; contudo, se já possuem a solução, por que não a apresentam imediatamente?

Ainda que pareça brincadeira, não é. Na terça-feira (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que, por ora, não há definição sobre a nova alíquota do IOF, e novas medidas fiscais estruturantes estão por vir. Essa dinâmica não é nova. Quem não se lembra da propaganda do arcabouço fiscal? Antes de anunciarem, existia aquele suspense. Alegavam que ia agradar empresários e investidores. Apresentavam um *power point* e o mercado enfrentava a frustração. Aboliram o Teto de Gastos – que era positivo –, e substituíram por uma regra que incentiva o gasto público.
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Em seguida, houve a mencionada reforma tributária. Mais uma vez, grande expectativa. Ao analisar a proposta, constata-se: não há cortes relevantes. Adicionalmente, para complementar a situação, foi implementada a isenção de IR para quem recebe até R$5 mil, sem qualquer contrapartida fiscal. Novamente, a frustração.
É notável como a história se repete: em dois dias, duas coletivas de imprensa para o ministro Fernando Haddad afirmar que há boas notícias em curso. Contudo, se já possuem a solução, por que não a apresentam ? Para, mais uma vez, criar um suspense otimista? Provavelmente, porque ainda não têm nada muito concreto e preciso para compensar uma possível perda de arrecadação com a derrubada das novas alíquotas de IOF. Nesse interim, obtêm tempo com a propaganda enganosa, como ocorreu com o arcabouço e o pacote fiscal. Por que seria diferente agora? Preparar-se para mais uma frustração.
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Fonte por: Jovem Pan
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