A IEA disponibiliza reservas de petróleo de emergência, contudo, a OPEP não identifica a necessidade
O ataque de Israel ao Irã na sexta-feira (13) provocou apreensão na entidade.

A Agência Internacional de Energia (IEA) afirmou, na sexta-feira (13), que disponibilizaria reservas de petróleo em caso de falta no mercado decorrente do ataque de Israel à Irã, recebendo críticas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que alegou que a declaração geraria insegurança no mercado.
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Nos últimos anos, a IEA, que representa consumidores de petróleo, e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que representa alguns dos principais produtores de petróleo do mundo, entraram em conflito sobre as perspectivas da demanda global de petróleo e o ritmo da transição energética.
O diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, afirmou que, apesar do mercado de petróleo estar bem abastecido, a agência estaria pronta para intervir, caso fosse necessário, ressaltando que o sistema de segurança de petróleo da agência mantinha 1,2 bilhão de barris de petróleo em reservas estratégicas e de emergência.
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O secretário-geral da Opep, Haitham Al Ghais, criticou a declaração de Birol, afirmando que ela “gera alarmes falsos e projeta uma sensação de medo no mercado ao repetir a necessidade desnecessária de usar potencialmente os estoques de emergência de petróleo”.
Ele afirmou que não ocorreu nenhum avanço na oferta ou na dinâmica do mercado que justificasse ações desnecessárias.
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Os preços do petróleo dispararam após Israel lançar uma série de ataques no Irã nesta sexta-feira, afirmando ter destruído instalações nucleares e fábricas de mísseis e eliminado um grande número de comandantes militares, o que pode resultar em uma operação prolongada para impedir que Teerã construa uma arma nuclear.
Os preços do petróleo foram negociados em alta de 7%, o maior aumento diário desde 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
Os Estados Unidos e seus aliados, em coordenação com a IEA, acionaram integralmente os estoques de petróleo de emergência no início de 2022, após a invasão russa da Ucrânia, uma decisão que a OPEP criticou veementemente na época.
Apesar de Israel ter se abstenido de atacar as instalações de energia do Irã, os agentes do mercado expressam preocupação com a possibilidade de a situação se intensificar, resultando em danos à infraestrutura energética no Irã ou em seus países vizinhos, além de um bloqueio do Estreito de Ormuz.
Fonte por: CNN Brasil