Acompanhe o que se sabe sobre os ataques de Israel ao Irã

A Força Aérea Israelense atacou na noite de quinta-feira (12.jun.2025) instalações nucleares e de mísseis do Irã. De acordo com a TV estatal iraniana, houve fortes explosões na capital, Teerã. A operação resultou na morte de Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária do país, além de cientistas e outros comandantes militares iranianos.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, anunciou estado de emergência em todo o país. O espaço aéreo foi restrito.

Após o ataque preventivo do Estado de Israel contra a Irã, um ataque com mísseis e drones contra o Estado de Israel e sua população é esperado em um futuro próximo, declarou.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou em seu discurso que a operação militar “continuará pelos dias que forem necessários para erradicar essa ameaça”.

Netanyahu declarou que foram destruídas a sede do programa nuclear iraniano, as instalações de enriquecimento em Natanz, cientistas ligados à produção da arma nuclear e o programa de mísseis balísticos.

No ano passado, o Irã lançou 300 desses mísseis contra Israel. Cada um transporta uma tonelada de explosivos e pode causar a morte de centenas de pessoas. Em breve, poderão transportar ogivas nucleares e ameaçar milhões.

O primeiro-ministro também criticou o regime iraniano e declarou que não permitirá que Teerã adquira armas nucleares. “O Irã pretende entregar armas nucleares a grupos terroristas, transformando o pesadelo do terrorismo nuclear em realidade”, afirmou.

Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel declarou que somente atividades “necessárias” devem ser realizadas no país a partir desta sexta-feira (13.jun). Isso compreende a proibição de “atividades educacionais, aglomerações e locais de trabalho, com exceção de negócios essenciais”.

As forças israelenses afirmaram ao jornal Times of Israel que o Irã possui urânio enriquecido suficiente para fabricar múltiplas armas nucleares em poucos dias e que é necessário agir contra essa “ameaça iminente”.

A posse de armas de destruição em massa pelo regime iraniano representa uma ameaça à existência do Estado de Israel e ao mundo. O Estado de Israel não tem outra opção senão agir em defesa de seus cidadãos e persistirá em fazê-lo quando necessário, como ocorreu anteriormente.

O aiatolá do Irã, Ali Khamenei, afirmou que Israel terá um “destino amargo e doloroso”. “Com este crime, o regime sionista deve se preparar para um destino amargo e doloroso, que certamente acontecerá”, declarou Khamenei, em publicação no X.

Em outra publicação, Khamenei declarou que cientistas e líderes militares do Irã faleceram no ataque.

Na batalha contra o inimigo, diversos comandantes e cientistas foram feitos martírios. Com a permissão de Deus, seus sucessores e colegas prosseguem com suas responsabilidades sem demora, afirmou o aiatolá.

A morte de Hossein Salami.

O Irã confirmou o falecimento de Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária do país, em decorrência do ataque aéreo realizado por Israel contra Teerã. Salami era uma das figuras mais relevantes das Forças Armadas iranianas.

A Força Revolucionária é vista como a unidade militar mais robusta do Irã. Estabelecida após a Revolução Islâmica de 1979, sua principal atribuição é assegurar a segurança dos líderes do governo e a proteção do poder.

A agência de notícias Irna também confirmou o falecimento de dois importantes cientistas nucleares do país: Mohammad Mahdi Tehranchi, presidente da Universidade Islâmica Azad do Irã, e Fereydoon Abbasi, ex-diretor da Organização de Energia Atômica do Irã.

Irã lança drones contra Israel

As FDI (Forças de Defesa de Israel) declararam nesta sexta-feira (13.jun) que o Irã lançou mais de 100 drones em direção ao território israelense. A informação foi divulgada pelo porta-voz do exército israelense, Effie Defrin, que afirmou que Israel está trabalhando para neutralizá-los.

Todos os sistemas de defesa estão operando para interceptar as ameaças. Este é um evento diferente do que vivenciamos até agora e prevemos momentos difíceis. Devemos demonstrar resiliência e paciência.

As aeronaves de combate da Força Aérea israelense iniciaram o abate de drones lançados contra Israel no início da manhã de sexta-feira, horário local. Os drones estão sendo interceptados fora das fronteiras de Israel, segundo um oficial militar divulgado em publicação.

Após os ataques israelenses, de acordo com dados do Flightradar24, as companhias aéreas interromperam o voo no espaço aéreo de Israel, Irã, Iraque e Jordânia. As empresas estão desviando ou cancelando voos para garantir a segurança dos passageiros e da tripulação.

Estados Unidos negam envolvimento.

Os Estados Unidos negaram qualquer envolvimento no ataque. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que a ação foi realizada de forma independente pelo governo israelense.

Os Estados Unidos não estão envolvidos nesses ataques e nossa principal prioridade é proteger as forças americanas na região. Israel nos informou que acredita que essa ação foi necessária para sua autodefesa.

O secretário também declarou que o presidente Donald Trump (Partido Republicano) mantém contato constante com aliados e tropas norte-americanas na região. Ele alertou que o Irã “não deve atacar interesses ou pessoal dos EUA”.

Preço do petróleo dispara

O preço do barril de petróleo subiu significativamente na quinta-feira (12.jun) após o ataque israelense ao Irã. A variação nas últimas horas aumentou para mais de 12% e o preço se aproximou dos US$ 80 pela primeira vez desde janeiro deste ano. Os dados são do Investing.

O ataque israelense a Teerã afeta diretamente o preço do petróleo. O Irã é um dos principais produtores da commodity e se encontra entre os 7 maiores produtores de petróleo do mundo.

Qualquer tensão geopolítica no Irã também tem um impacto direto no mercado, visto que o país controla o Estreito de Ormuz, através do qual transita aproximadamente 25% da produção mundial de petróleo.

O prefeito de João Pessoa em Israel.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acionou o Itamaraty na noite de 12 de junho de 2025 para antecipar o retorno do prefeito de João Pessoa, Cicero Lucena (PP-PB), que se encontra em Israel. A informação foi divulgada pelo próprio Lucena por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais.

Nas imagens, capturadas durante a missão oficial no país, o prefeito da capital paraibana afirmou que ele e sua delegação precisaram ser deslocados duas vezes para um abrigo em decorrência de toques de sirene que indicavam a necessidade de proteção.

Lucena declarou ter estado em um campus universitário. “Tivemos abrigo aqui, já fomos 2 vezes por ter tocado a sirene de aviso”, afirmou. O prefeito participou de Tel Aviv do MuniWorld 2025, um evento sobre sustentabilidade e soluções para a administração municipal. “O espaço aéreo está fechado e já tivemos contato com a embaixada sobre a possibilidade de antecipar o retorno, mas vamos ver como isso é possível”.

Luísa Lucena afirmou: “O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, tem nos dado apoio, tem falado com o Itamaraty. Fiquem tranquilos, vamos ter fé, está tudo em paz, vai dar tudo certo”.

Saiba mais sobre os ataques:

Fonte por: Poder 360