Antes de ser Papa, Leão XIV publicou artigos críticos a Trump e Vance
A ação gerou repercussão em influenciadora de extrema-direita nos EUA.

Antes de ser eleito Sumo Pontífice, o Papa Leão XIV publicou em X artigos que criticavam o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu vice-presidente JD Vance, sobretudo devido às suas políticas de imigração.
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Em fevereiro, o cardeal Robert Francis Prevost compartilhou no X um link para o artigo de JD Vance, que afirma que Jesus não nos pede que classifiquemos nosso amor pelos outros.
O Vaticano confirmou que a conta é genuína e pertence a Prevost, nascido em Chicago, e com nacionalidade peruana.
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O artigo publicado no National Catholic Reporter questiona Vance pelo uso da doutrina católica para apoiar o cancelamento da ajuda externa dos EUA.
Referindo-se ao chamado “ordo amoris” (a ordem do amor), o vice-presidente, após sua conversão ao catolicismo em 2019, declarou que a caridade de um cristão deve primariamente beneficiar seus familiares e cidadãos, e não estrangeiros.
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O Papa Francisco já havia criticado publicamente essa interpretação nacionalista.
A última publicação na conta do novo líder da Igreja Católica, divulgada em 14 de abril, reproduzia um texto de um bispo auxiliar de Washington, de origem salvadorenha.
O bispo Evelio Menjivar-Ayala critica severamente a política de expulsões em massa de imigrantes do governo americano.
Nos últimos anos, Prevost utilizou o X, antigo Twitter, de forma intermitente. Restou-se a compartilhar mensagens ou links para sites.
Em 4 de setembro de 2017, por exemplo, ele compartilhou uma mensagem que criticava o uso por Trump, então em seu primeiro mandato, do termo “bad hombres” (homens maus) para se referir a imigrantes, um vocabulário que poderia fomentar o racismo.
Essa divulgação de artigos e publicações atraiu a atenção de uma influenciadora de extrema-direita, Laura Loomer, próxima a Trump.
O novo Papa é “woke”, escreveu Loomer no X, utilizando um termo pejorativo da direita radical para designar as políticas de promoção da diversidade.
Fonte: Carta Capital