Proibição do “Chá do Milagre” pela ANVISA
No mês de outubro de 2025, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) anunciou a proibição imediata do “Chá do Milagre”, gerando preocupação entre muitas donas de casa.
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Esse produto, promovido como um suplemento natural com propriedades emagrecedoras, calmantes e estimulantes, foi alvo de críticas devido a sérias irregularidades sanitárias e riscos à saúde pública.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União em 20 de outubro de 2025, após a ANVISA constatar a falta de informações sobre a composição e a origem do chá.
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A resolução da ANVISA destacou que não foi possível identificar qualquer empresa responsável pela fabricação do produto.
Detalhes da proibição
A medida cautelar, registrada sob o número 4.125/2025, estabelece a proibição em todo o Brasil.
De acordo com a ANVISA, o “Chá do Milagre” e suas variações apresentavam publicidade irregular, fazendo promessas sem comprovação.
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Essas ações infringem o Decreto-Lei nº 986/1969 e várias resoluções sanitárias em vigor.
O órgão também ressaltou que o produto não possui registro sanitário, o que impossibilita a avaliação de sua segurança e eficácia.
A falta de um fabricante identificado e a dificuldade em rastrear a cadeia produtiva levaram a ANVISA a considerar o produto uma ameaça à saúde do consumidor.
Riscos à saúde
O consumo de produtos sem registro ou origem conhecida representa um alto risco sanitário.
A composição desconhecida pode conter substâncias tóxicas ou inadequadas para certos grupos.
Especialistas alertam que produtos rotulados como “naturais” ou “milagrosos” podem incluir estimulantes, diuréticos e compostos sintéticos, que podem causar:
- Intoxicação;
- Desidratação;
- Danos hepáticos ou renais.
Além disso, ao prometer efeitos terapêuticos, esses produtos podem levar os consumidores a substituir tratamentos médicos adequados, agravando condições de saúde existentes.
A ANVISA enfatiza que nenhum chá ou suplemento pode alegar efeitos de emagrecimento, antidepressivos ou afrodisíacos sem comprovação científica e autorização específica.
Como a autarquia não conseguiu identificar o fabricante, não há informações disponíveis sobre o CNPJ ou endereço da empresa responsável pelo produto, e até o momento, não houve manifestação oficial relacionada à marca ou distribuidores.
O caso continua sob investigação e as atividades associadas ao produto permanecem proibidas.
Dicas para comprar chás e suplementos com segurança
Para evitar riscos, os consumidores devem sempre:
- Verificar o número de registro da ANVISA nas embalagens;
- Confirmar se o fabricante é regularizado e possui endereço e CNPJ válidos.
Além disso, produtos que prometem curas, emagrecimento rápido ou rejuvenescimento devem ser tratados com cautela.
Em caso de dúvidas, é possível consultar o Portal de Consultas da ANVISA e denunciar produtos suspeitos.
Especialistas reforçam que nenhum chá substitui tratamento médico e que o consumo seguro depende de orientação profissional e procedência comprovada.