Ataque gera apreensão em relação à democracia na Colômbia, afirma professora

Miguel Uribe, com candidatura à Presidência, foi vítima de disparo de arma neste sábado (7); Regiane Bressan comenta cenário político colombiano.

08/06/2025 14h14

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O senador colombiano Miguel Uribe, de 39 anos, sofreu um ataque a tiros no sábado (7) em Bogotá, capital da Colômbia. O político, que é uma figura importante da oposição ao governo atual, foi atingido durante um discurso em um evento em um parque da cidade.

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Uribe, que já se colocava como pré-candidato à presidência para as eleições de 2026, foi prontamente socorrido e encaminhado a um hospital próximo. Após a realização de uma cirurgia, seu estado de saúde é considerado sério.

A polícia colombiana anunciou a detenção de um jovem de 15 anos como suspeito do ataque. As investigações seguem para identificar outros possíveis participantes do incidente.

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Histórico de violência política

O ataque a Miguel Uribe revive preocupações sobre a violência política na Colômbia, um país com um extenso histórico de conflitos armados e instabilidade institucional. Nas últimas décadas, o país sul-americano lidou com desafios envolvendo o tráfico de drogas, grupos paramilitares e guerrilhas.

A professora de relações internacionais da Unifesp Regiane Bressan explica que a Colômbia enfrenta uma “dificuldade de governabilidade” há cerca de 30 anos. “O país sofre uma pressão muito grande pelos grupos ligados ao narcotráfico, então é um país que vive tensões cotidianas dentro da sua política”, afirma.

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Uribe, que perdeu a mãe aos seis anos com seu falecimento em um episódio relacionado ao tráfico de drogas, manifesta uma contundente oposição ao presidente Gustavo Petro. Ele tem criticado os índices de criminalidade e as políticas de segurança pública do governo.

Impactos no cenário eleitoral

O ataque a Miguel Uribe pode gerar consequências relevantes para o contexto político colombiano, sobretudo em razão das eleições presidenciais de 2026. Bressan considera que o incidente “acende mais uma preocupação em relação à própria democracia no país”.

A Colômbia confronta o desafio de assegurar a estabilidade democrática diante das pressões de distintos grupos de interesse. O governo de Gustavo Petro, o primeiro presidente de esquerda eleito no país, tem tido dificuldades para implementar sua agenda política.

O ataque a Uribe intensifica ainda mais um cenário já complexo, caracterizado por conflitos entre diversas forças políticas e a contínua influência do tráfico de drogas. As autoridades colombianas agora se deparam com a missão de assegurar a segurança de figuras políticas e manter a integridade do processo democrático no país.

Fonte por: CNN Brasil

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