Ativista brasileiro que viajava em embarcação interceptada por Israel, desembarca em São Paulo

Thiago Ávila foi detido e deportado após participar de uma missão humanitária internacional a Gaza.

13/06/2025 9h33

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(Imagem de reprodução da internet).

O ativista brasileiro Thiago Ávila chegou por volta das 6h40 da manhã desta sexta-feira (13) no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, após ter sido detido por forças de segurança de Israel. Ele participava de uma missão humanitária internacional com destino à Faixa de Gaza, quando o barco em que estava com outros 12 ativistas — com Greta Thunberg entre eles — foi interceptado no mar.

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Com aparência exausta e ainda trajando as vestimentas da prisão israelense, Ávila foi acolhido por inúmeras pessoas, juntamente com sua esposa e filha pequena, que o esperavam na área de desembarque do aeroporto. Em suas primeiras declarações à imprensa, ele comentou sobre os princípios que, em sua visão, nortearam a missão.

Declarou que fizeram o possível para levar, em sua missão humanitária, alimentos, medicamentos, muletas, filtros de água, próteses para crianças amputadas, para os locais mais necessitados do mundo.

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De acordo com Ávila, o navio foi apreendido em águas territoriais, mais de 100 milhas náuticas da costa, após várias horas de interrupção das comunicações.

O processo de interceptação ocorreu nas Águas Internacionais, a mais de 100 milhas náuticas. Eles estavam interceptando nosso sistema de navegação e nossa comunicação há três horas. Contudo, possuíamos outros métodos de navegação, que não dependiam de aparelhos eletrônicos, e seguimos em direção a Gaza. Inicialmente, enviaram dois barcos, depois dois drones – e nós, sem saber quais eram esses drones. Posteriormente, interceptaram-nos, subjugando a todos.

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Ao comentar sua detenção, o ativista declarou que se recusou a assinar os documentos de deportação, assim como outros ativistas, incluindo Greta Thunberg e dois cidadãos franceses que escolheram retornar imediatamente aos seus países. Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel, aqueles que se recusassem a assinar seriam submetidos a processos judiciais.

O ativista exigiu uma resposta mais firme do governo brasileiro em relação ao incidente e solicitou mobilização internacional. “Está todo mundo nas ruas, todo mundo nas redes, todo mundo nas mais variadas ações, para que possamos fazer algo. O que o mundo vai fazer para impedir essa barbaridade? Eu sou apenas um aliado.”

A iniciativa humanitária na qual participava fornecia alimentos, remédios, materiais médicos e próteses para crianças afetadas pelo conflito em Gaza. A ação foi coordenada por ativistas globais e visava superar o cerco estabelecido no local.

Fonte por: CNN Brasil

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