Ativista Greta Thunberg é presa por autoridades israelenses

A sueca estava próxima de Thiago Ávila em um navio que transportava assistência humanitária a Gaza antes de ser abordado.

10/06/2025 21h26

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(Imagem de reprodução da internet).

A ativista sueca Greta Thunberg foi deportada de Israel em um voo para a França nesta terça-feira (10), após ser detida pelo Exército israelense, juntamente com outros ativistas, incluindo o brasileiro Thiago Ávila, a bordo de um navio de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza.

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A ativista já foi detida pelas autoridades em protestos ambientais e por questões sociais em Londres, Bruxelas e Copenhague.

Revise o percurso.

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Vida pessoal e começo do ativismo

Greta Tintin Eleonora Ernman Thunberg nasceu em 3 de janeiro de 2003, em Estocolmo, capital da Suécia. Sua mãe é a cantora de ópera Malena Ernman e seu pai, o ator sueco Svante Thunberg. A jovem foi diagnosticada com a síndrome de Asperger, que faz parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA), e discorre publicamente sobre a condição.

A ativista afirmou que se inspira nas greves escolares nos Estados Unidos após o ataque a tiros em Parkland, na Flórida, em 2018, para organizar suas próprias manifestações.

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Em 2019, foi reconhecida como personalidade do ano pela revista Time, sendo a pessoa mais jovem a obter o título. Greta já publicou livros, incluindo as obras “Ninguém é pequeno demais para fazer a diferença”, “O livro do clima: os fatos e as soluções” e “Nossa casa está em chamas: cenas de uma família e um planeta em crise”.

Linha do tempo

Agosto de 2018, Greta Thunberg inicia a ausência de aulas para organizar manifestações em frente ao parlamento sueco, carregando um cartaz que dizia “Skolstrejk för klimatet” (Greve Escolar pelo Clima). Em seguida, outros aderem e o grupo decide prosseguir com a greve, dando origem ao movimento Fridays for Future (FFF).

Em dezembro de 2018, Greta discursa na COP24, a Conferência da ONU para o Clima, na Polônia, afirmando aos negociadores: “Vocês não são maduros o suficiente para dizer as coisas como elas são. Até esse fardo vocês deixam para nós, crianças. Mas não me importo em ser popular. Preocupo-me com a justiça climática e com o planeta vivo.”

Em janeiro de 2019, a ativista proferiu um discurso espontâneo aos delegados do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Abril de 2019 – Greta se reúne com o Papa Francisco após a sua audiência semanal no Vaticano.

Agosto de 2019 – Chegou a Nova York para proferir um discurso na Cúpula de Ação Climática da ONU, após uma navegação pelo Oceano Atlântico de 15 dias em um veleiro com emissões zero, visando diminuir o impacto ambiental da sua viagem.

16 de setembro de 2019 – Thunberg se reúne com o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama em Washington, DC.

Em 18 de setembro de 2019, Thunberg comparece à Câmara dos Representantes americana para uma sessão sobre mudanças climáticas. Ela aborda o relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que apontou um aumento da temperatura de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

20 de setembro de 2019 – A ativista participa de uma manifestação climática em Nova York, como parte de uma paralisação global organizada por Thunberg e outros estudantes. Segundo ela, 4.638 protestos foram agendados para 139 países entre 20 e 27 de setembro.

23 de setembro de 2019 – Greta discursa na Cúpula de Ação Climática da ONU. “Estamos no início de uma extinção em massa e só se fala sobre dinheiro e contos de fadas de crescimento econômico eterno”, declarou Thunberg à Assembleia Geral da ONU. Mais tarde naquele dia, Thunberg e outras 15 crianças apresentaram uma denúncia à ONU alegando que cinco das principais economias do mundo violaram seus direitos humanos ao não tomar medidas adequadas para conter a crise climática.

Greta Thunberg chega a Lisboa, Portugal, para a 25ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Madrid, na Espanha, após quase três semanas viajando através do Oceano Atlântico num barco que utiliza painéis solares e hidrogeradores para gerar eletricidade.

6 de dezembro de 2019 – A ativista critica os líderes mundiais reunidos para a COP25 em Madrid por não estarem agindo com suficiência para combater a crise ecológica.

Em janeiro de 2020, através de uma publicação no Instagram, ela anunciou que estava solicitando uma marca registrada para o seu nome e para o movimento Fridays for Future. Ao fazer isso, algo que ela afirmava não ter interesse em realizar, ela buscava proteger seu movimento e suas atividades.

Fevereiro de 2020 – Thunberg encontra a ativista paquistanesa Malala Yousafzai na Universidade de Oxford.

Em setembro de 2021, a jovem proferiu um discurso no fórum Youth4Climate em Milão, na Itália, imitando líderes mundiais e repetindo suas frases habituais sobre a crise climática, considerando-as palavras ociosas e compromissos não realizados.

Em novembro de 2021, Greta Thunberg liderou um protesto de jovens em frente à sede da COP26, em Glasgow, na Escócia, criticando líderes mundiais e denunciando a cúpula como um “fracasso”.

Janeiro de 2023 – Greta é presa pela polícia alemã em um protesto contra a expansão de uma mina de carvão na vila de Lützerath, no oeste da Alemanha. Ela é liberada mais tarde naquela noite. Um porta-voz da polícia informou à CNN que se tratava da segunda vez que Thunberg era detida no local.

Em março de 2023, um porta-voz do distrito policial de Oslo informou que 10 indivíduos, entre eles a ativista sueca, foram removidos pela polícia da entrada do Ministério das Finanças da Noruega. Manifestantes obstruíram o acesso a edifícios do governo norueguês para protestar contra dois parques ecológicos erguidos em áreas de pastagem de renas Sami.

Em julho de 2023, um tribunal sueco aplicou multa a Thunberg após considerá-la culpada de desobediência à lei, segundo um porta-voz do Tribunal Municipal de Malmö à CNN. A ativista foi acusada do “crime de desobediência à lei e à ordem” no início do mês, após ter participado de um protesto em 19 de junho que obstruiu embarcações de petroleo em uma área do porto de Malmö. O valor da multa foi de 2.500 coroas suecas (aproximadamente US$ 240).

Em outubro de 2023, Greta Thunberg foi detida durante um protesto em frente ao Fórum de Inteligência Energética, uma cúpula anual com a participação de executivos de empresas de petróleo e gás, e depois acusada de perturbação da ordem pública. Ela foi absolvida em 2 de fevereiro de 2024.

Em junho de 2025, o “Madleen”, um navio de ajuda humanitária sob bandeira britânica com destino a Gaza e transportando Thunberg e outros ativistas, foi interceptado por Israel e atracado no porto israelense de Ashdod, conforme o Ministério das Relações Exteriores de Israel. Em 10 de junho, Thunberg foi deportada de Israel em um voo para a França.

Fonte por: CNN Brasil

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