Áudio de Bolsonaro divulga conversas com o STF, com termos como “direita prostituta” e plano para 2026

Ex-presidente participou de um evento na Avenida Paulista em companhia de governadores e figuras políticas.

29/06/2025 16h16

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(Imagem de reprodução da internet).

Na avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) organizou um encontro com quatro governadores e diversas outras forças políticas, sob o lema “Liberdade Já”.

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O evento, que reuniu os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC) e Cláudio Castro (PL-RJ), teve como destaques pedidos de voto impresso, metas para a eleição de 2026 e críticas ao governo Lula, bem como a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em seu discurso, Bolsonaro voltou a culpar a esquerda pela destruição ocorrida no dia 8 de janeiro. O ex-presidente também atacou Lula por se posicionar ao lado do Irã no conflito contra Israel. “A Rússia estava ao lado de criminosos de guerra e ditadores e o atual presidente do Brasil. Outras consequências virão quando Lula assumiu ter lado no conflito Irã x Israel. Ele ficou do lado do Irã, país que quer a bomba atômica para varrer Israel do mapa”, afirmou.

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O ex-presidente também fez um apelo para que sejam eleitos senadores e deputados de sua base, estabelecendo metas para as eleições de 2026. Para ele, se isso ocorrer, quem liderar o Congresso vai liderar o Brasil. “Se quisermos que nosso time seja campeão, precisamos investir. Se me derem, por ocasião da eleição do ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil. Se me derem isso, não interessa onde esteja, quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente”.

A CNN solicitou esclarecimentos ao Governo Federal em relação às alegações de Bolsonaro e aguarda resposta.

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O deputado Sôstenes Cavalcante (PL) solicitou aplausos para a deputada licenciada Carla Zambelli, que teve pedido de prisão decretado pelo STF.

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou gravações de áudio dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Carmen Lúcia, que tratavam sobre o poder das redes sociais.

O senador Magno Malta (PL-ES) qualificou a ministra Carmen Lucia de “tirana” em referência à declaração sobre “213 milhões de pequenos tiranos” no voto sobre a responsabilidade das plataformas por conteúdos de usuários.

O organizador do evento, o pastor Silas Mafalaia, afirmou que o objetivo era defender a liberdade e o futuro do país.

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) afirmou que prosseguirá na defesa do sistema de voto impresso no Brasil.

Nós hoje somos criminalizados por desejarmos transparência eleitoral, mas não vamos desistir dessa pauta, vamos continuar lutando por ela.

O governador Tarcísio de Freitas criticou o governo petista, afirmando ser o responsável pelos altos juros e que o país “não aguenta mais o governo gastador”.

Em dois anos e sete meses, foi destruído tudo. Observem o prejuízo dos Correios. O Brasil não suporta mais os gastos excessivos e a corrupção. Não suporta mais o governo gastador e as altas taxas de juros. Não suporta mais o aumento de impostos. O Brasil não suporta mais o PT.

Antes do evento, em entrevista à CNN, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que, se o ex-presidente não for candidato nas eleições de 2026, “não haverá relevância” na escolha de um nome que represente o campo da centro-direita.

Flávio destacou, em evento pela “Liberdade e Justiça” na avenida Paulista, em São Paulo, que a principal preocupação do grupo é a defesa da liberdade e do futuro do país. “O que está em jogo no país, meus amigos, é a liberdade, é o futuro dos nossos filhos e netas. Assim, ninguém, em especial o presidente Bolsonaro, terá vaidade de tomar a decisão correta no momento certo.”

Publicado por André Rigue. Com informações de Guilherme Rajão, Gustavo Zanfer, João Scavacin, Mayara da Paz e João Nakamura, da CNN.

Fonte por: CNN Brasil

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