Banco do América reduz ações da Petrobras para “neutras”

O banco norte-americano justifica a decisão com cenário macro desafiador, risco regulatório e nova orientação da Opep+.

11/06/2025 17h00

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(Imagem de reprodução da internet).

O Bank of America rebaixou a recomendação das ações da Petrobras de “compra” para “neutra”, diminuindo o preço-alvo dos papéis da estatal brasileira de petróleo. A decisão, informada aos clientes na sexta-feira (6.jun.2025), impacta tanto as ações ordinárias negociadas no Brasil quanto os ADRs (recibos de ações) listados nos Estados Unidos.

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Para as ações preferenciais da Petrobras (PETR4), o preço-alvo diminuiu de R$ 42 para R$ 34, representando uma redução de 19%. No caso dos ADRs negociados em Wall Street, a queda foi de US$ 15,50 para US$ 12,50, conforme informações do Investing.

De acordo com o BofA, as alterações na recomendação e no preço-alvo refletem um cenário macroeconômico mais desafiador e riscos regulatórios crescentes. Na segunda-feira (9.jun), as ações preferenciais abriram em queda de 1,75%, sendo negociadas a R$ 29,11 às 10h24. Os ADRs recuavam 2,30% no mesmo horário, cotados a US$ 11,06.

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A alteração na avaliação acompanha uma nova diretriz da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) para elevar a produção de petróleo, buscando a retomada da participação de mercado, apesar dos preços internacionais reduzidos.

O banco também ressaltou que as tarifas de importação implementadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), podem impactar negativamente as perspectivas de crescimento econômico mundial.

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Ademais, o BofA destacou que o risco regulatório cresceu devido à possibilidade do governo brasileiro implementar um “pacote do petróleo” para lidar com problemas fiscais, o que envolveria ações como o aumento de royalties e alterações nas normas de exploração. Isso impactaria diretamente a Petrobras, diminuindo seu fluxo de caixa e elevando seus custos operacionais.

Em decorrência disso, o banco aumentou a pontuação de risco da empresa e o custo de capital próprio (de 18% para 18,8%), o que diminui o interesse das ações da companhia para os investidores.

Apesar disso, o Bank of America prevê dividendos interessantes: taxa de 12,2% em 2025 e 12,3% em 2026, mesmo com a queda nos preços do petróleo. Contudo, adverte que essa política pode não ser viável se os preços persistirem em baixa, o que demandaria ajuste na distribuição de lucros para evitar o aumento do endividamento.

Fonte por: Poder 360

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