Peritos da Polícia Federal concluíram que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou romper a tornozeleira eletrônica utilizando um ferro de solda. A perícia, que incluiu análise microscópica, comparação com uma tornozeleira íntegra e exames de microfluorescência de Raios X, identificou evidências de “aquecimento direcionado para abertura”.
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O capitão da reserva afirmou ter passado por um “surto”, sem intenção de fugir, e relatou ter tomado sertralina, um antidepressivo, quatro dias antes da prisão, devido a dificuldades para dormir.
Detalhes da Perícia
A investigação da Polícia Federal se baseou em diversas evidências. Os peritos encontraram resíduos de ferro na área queimada da tornozeleira, confirmando a aplicação do equipamento. A análise comparativa com uma tornozeleira íntegra e os exames de Raios X fortaleceram a conclusão sobre a tentativa de violação.
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Contexto da Audiência e Decisões do STF
A tentativa de violação da tornozeleira foi utilizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como um dos motivos para determinar a prisão do ex-presidente. Após a ocorrência, a Primeira Turma do STF manteve a prisão de Bolsonaro.
A decisão não marca o início do cumprimento da pena, mas sim a manutenção da prisão preventiva.
Condenação e Possibilidade de Recursos
Em 11 de setembro, por 4 votos a 1, os ministros do STF condenaram Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
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A maioria dos réus foi condenada a mais de 20 anos de prisão em regime fechado. Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais não vão ser presos imediatamente, pois ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações.
Pedido de Prisão em Casa
A defesa do ex-presidente havia solicitado que Bolsonaro cumprisse a sua pena de 27 anos e três meses em casa, alegando que ele não teria condições físicas de ser encaminhado a um presídio comum, e que isso apresentaria risco a sua vida. A defesa também informou que pretende recorrer utilizando embargos infringentes ao STF sobre a condenação do ex-presidente.
