Os ministros de Energia dos países do Brics defenderam na segunda-feira (19.mai.2025) o papel dos combustíveis fósseis na matriz energética global, notadamente em países em desenvolvimento. A declaração foi apresentada no comunicado final da 10ª Reunião Ministerial de Energia do grupo, realizada em Brasília. A íntegra do documento está disponível (PDF – 532 kB).
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O documento ressalta que a mudança para fontes de energia deve ser “justa, ordenada e equânime”. Os ministros afirmam que a otimização da eficiência e a utilização de todas as fontes de energia existentes, incluindo as de origem fóssil, são cruciais nesse processo.
O grupo defende que petróleo, gás natural e carvão continuam sendo essenciais para assegurar a segurança energética em economias emergentes. Os países do BRICS argumentam que, sem levar em conta as diversas realidades e fases de desenvolvimento, a mudança para fontes renováveis pode ser desigual e comprometer o crescimento de nações mais vulneráveis.
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Defendem que cada país possua autonomia para determinar o ritmo e o curso de sua própria transição, considerando suas prioridades e capacidades nacionais.
A carta ressaltou o respeito ao direito dos Estados de decidirem, de forma autônoma, o ritmo e a direção de suas transformações energéticas. Compartilhava-se a convicção de que a otimização da eficiência energética e a utilização adequada de todas as fontes e tecnologias energéticas são cruciais para uma transição equânime em direção a sistemas energéticos mais adaptáveis, robustos e sustentáveis.
O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, planeja colaborar com a Petrobras assegurando a participação das petroleiras nas discussões da conferência do clima, a ser realizada em Belém (PA), em novembro.
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Não haverá respostas adequadas se não estivermos todos unidos.
O grupo também enfatizou o direito soberano de cada país sobre seus recursos naturais, como minerais críticos como lítio, níquel e cobalto, cruciais para tecnologias de baixo carbono, e solicitou cadeias de suprimentos “diversificadas, responsáveis, justas e sustentáveis”.
SANÃES
Ademais, os países do BRICS expressaram preocupação com sanções e restrições ao comércio e ao investimento no setor de energia, que, de acordo com eles, infringem o direito internacional e ameaçam a estabilidade dos mercados e a segurança das infraestruturas críticas, incluindo oleodutos, gasodutos e redes de energia transfronteiriças.
A partir de fevereiro de 2022, com o início da invasão russa à Ucrânia, os Estados Unidos, a União Europeia e outros países aliados implementaram várias restrições ao petróleo e ao gás do país da Eurásia.
Fonte: Poder 360