Carla Zambelli é incluída na lista de procurados da Interpol, após ser declarada foragida pela Justiça
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, solicitou uma medida após a deputada deixar o país; a parlamentar enfrenta duas condenações no Supremo.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi adicionada à lista de difusão vermelha da Interpol, que reúne nomes de pessoas procuradas pela Justiça em mais de 190 países. A decisão foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), após a parlamentar deixar o Brasil e ser considerada foragida. Zambelli foi condenada pela Primeira Turma da Corte a dez anos de prisão por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com auxílio do hacker Walter Delgatti, além de falsidade ideológica.
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O Supremo Tribunal também ordenou a perda do mandato e a inelegibilidade da deputada. A decisão ainda está sujeita a recurso, mas a perda do direito de concorrer a cargos públicos já passa a valer em razão da Lei da Ficha Limpa. Com a inclusão na difusão vermelha, Zambelli pode ser presa em qualquer país-membro da Interpol. Moraes também determinou sua prisão preventiva, o bloqueio de bens e contas bancárias, incluindo valores recebidos via Pix, além do bloqueio de passaportes, veículos, imóveis, embarcações e aeronaves em seu nome.
A X, YouTube, Meta, TikTok, Telegram e outras plataformas receberam ordem para remover os perfis da deputada em até duas horas. Caso Zambelli publique em redes próprias ou de terceiros, a multa diária será de R$ 50 mil. A PGR esclareceu que o objetivo das medidas não é antecipar o cumprimento da pena, mas assegurar a aplicação da lei penal.
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Ademais da recente condenação, Zambelli já havia sido sentenciada em março a cinco anos de prisão em regime semiaberto por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, após um episódio em que perseguiu e ameaçou um homem com uma arma nas ruas de São Paulo durante a campanha eleitoral de 2022. Em janeiro, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) também decidiu cassar seu mandato por desinformação eleitoral, tornando-a inelegível por oito anos. Essa decisão ainda aguarda julgamento final no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Zambelli alega ser vítima de perseguição política e nega todas as acusações.
Publicado por Felipe Dantas
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Reportagem elaborada com o uso de inteligência artificial.
Fonte por: Jovem Pan