Apoiadores da linha conservadora da Igreja Católica no Brasil demonstraram cautela em relação ao papa Leão XIV. Diversas vozes desse grupo apresentaram desde otimismo moderado até críticas à nomeação do americano Robert Prevost para chefiar a Igreja Católica global, após o conclavos finalizado na quinta-feira (8 de maio de 2025).
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As manifestações ocorreram após o anúncio da eleição papal e demonstram uma inclinação para dar um voto de confiança ao novo pontifíce, mesmo que não seja a figura preferida pelos grupos mais tradicionais. A percepção de que Prevost possa representar uma mudança em relação às diretrizes de Francisco motiva essa aceitação cautelosa.
O Centro Dom Bosco, organização leiga conservadora brasileira, expressou sua expectativa de que Prevost “seja um bom papa, que restaure a missa tradicional”. Durante o debate, um dos participantes ressaltou como positivo o fato de o norte-americano não ser considerado liberal nos costumes como Francisco, classificando isso como “um bom sinal”.
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O influenciador católico Bernardo Kuster adotou um tom conciliador ao solicitar que o Leão 14 seja recebido “com o coração aberto, amor filial e oração constante”. Em sua declaração, acrescentou: “Que sua voz seja ouvida como a do Bom Pastor, e que seu exemplo de fé, humildade e serviço renovem em cada um de nós o desejo de santidade”.
O deputado estadual paulista Lucas Bove (PL) manifestou seu descontentamento com a nomeação do novo papa. “Respeitaremos o Sumo Pontífice, mas essa escolha é um retrato da agonia em que vive o Ocidente. Escolheram um diplomata em vez de um apóstolo, um homem de corredores em vez de um mártir da fé”, afirmou Bove, que teme que Francisco 14 transforme a Igreja “numa verdadeira ONG”.
As declarações foram divulgadas principalmente em plataformas digitais e redes sociais, atingindo rapidamente os fiéis católicos brasileiros, notadamente aqueles com posicionamentos mais tradicionais na Igreja.
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Não há informações sobre como será o relacionamento efetivo entre o novo papa e os grupos conservadores católicos no Brasil, nem quais serão suas primeiras medidas em relação às questões que dividem liberais e tradicionalistas na Igreja.
Fonte: Poder 360