A Polícia Federal deteve, na manhã de terça-feira (22), o homem identificado como líder da organização criminosa que operava no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, responsável por fraudes envolvendo a troca de etiquetas de bagagem e o transporte de entorpecentes em malas. A PF informou que ele era o único membro foragido do grupo.
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Em março de 2023, duas passageiras de Goiânia foram erroneamente detidas pelas autoridades alemãs, permanecendo presas por 38 dias. Na ocasião, a polícia desmantelou a organização, porém um dos líderes do grupo não havia sido encontrado. Os seis meses seguintes foram destinados à busca pelo seu paradeiro, que foi descoberto em agosto do ano anterior, quando a quadrilha foi julgada e condenada: cinco homens e uma mulher, considerada a ligação entre os funcionários do aeroporto.
São apresentados os réus e as respectivas sentenças.
Relembre o caso
As brasileiras Katytha Baía e Jeanne Paolini permaneceram 38 dias retidas em Frankfurt após a troca de etiquetas de identificação de malas por bagagens contendo substâncias ilícitas. As goianas foram liberadas após o Ministério Público alemão, com base no inquérito da Polícia Federal e em vídeos que comprovaram a troca das etiquetas de malas no Aeroporto de Cumbica, autorizar a soltura do casal. A operação da PF resultou na prisão de sete suspeitos envolvidos no esquema.
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Vídeos divulgados pelo Fantástico, da TV Globo, apresentavam como dois funcionários do aeroporto identificaram as malas de Katyina e Jeanne, uma rosa e uma preta, separaram e, discretamente, removeram as etiquetas em uma área de segurança e acesso restrito monitorada por múltiplas câmeras. Em outra filmagem, duas mulheres chegavam ao aeroporto com duas malas de cores distintas por volta das 20h30. Trata-se das malas que continham os 40 quilos de cocaína, de acordo com a polícia.
Elas vão a uma bilheteria da companhia aérea após um sinal da única funcionária no local, deixam as malas e saem em seguida do aeroporto, sem embarcar para qualquer destino. As duas malas são levadas para o mesmo veículo onde estão as malas de Kátyna e Jeanne e a troca é feita.
Conflito e tensão ocorrem em estabelecimento penal.
As vítimas relataram que foram detidas no aeroporto, algemadas aos pés e mãos, e acompanhadas por diversos policiais. A única palavra que elas compreendiam era “cocaína”. As duas tentaram argumentar que aquelas não eram suas malas, devido às diferenças de cores e pesos, mas os policiais continuavam repetindo a palavra “cocaína”.
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Foram retirados seus cabelos para obtenção de amostras genéticas, sem que houvesse consentimento prévio. A bagagem de mão foi apreendida e elas ficaram desprovidas de medicamentos e roupas quentes. As duas foram conduzidas para celas distintas. Ali, em um ambiente frio e com paredes cobertas de fezes, permaneceram três dias, recebendo apenas pão e água. Posteriormente, foram transferidas para o presídio feminino de Frankfurt, onde permaneceram isoladas e em contato com mulheres condenadas por diferentes crimes, em celas frias e pouco agradáveis.
Com informações do Estadão Conteúdo.
Fonte por: Jovem Pan