China planeja resposta de retaliação contra Taiwan por inclusão de Huawei em lista restritiva

A China acusa Taiwan de se alinhar aos Estados Unidos, em meio a uma grave disputa econômica.

25/06/2025 18h07

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(Imagem de reprodução da internet).

O Governo Chinês anunciou que adotará medidas robustas para garantir a estabilidade econômica e comercial entre as partes do Estreito de Taiwan, bem como os interesses dos cidadãos chineses. O anúncio foi feito por Zhu Fenglian, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China.

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A decisão foi que Taiwan restringiu as exportações para mais de 600 empresas da China continental, incluindo grandes empresas de tecnologia como Huawei e SMIC. As restrições geraram uma reação imediata de Pequim, que promete defender seus interesses econômicos e tecnológicos, de acordo com reportagem da Bloomberg.

A China ainda não detalhou quais seriam suas ações, mas especialistas indicam algumas possibilidades que o Partido Comunista Chinês (PCC) pode considerar.

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Essas ações podem afetar diretamente a indústria de semicondutores de Taiwan, notadamente empresas como PSMC, Vanguard e UMC. Essas empresas lidam com o aumento da competição proveniente de chips de baixo custo fabricados na China, utilizando tecnologias mais avançadas.

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Não é recente o esforço de Taiwan para impedir a transferência de tecnologias de ponta, como as da TSMC, para outros países. Por sua vez, em fevereiro, a China acusou Taiwan de favorecer os EUA. Isso demonstra que a tensão em relação aos chips não é recente.

Em março deste mês, o Ministério dos Assuntos Econômicos de Taiwan revisou sua lista de entidades estrangeiras restritas. A lista contempla 601 empresas chinesas, incluindo a Huawei e a SMIC (Semiconductor Manufacturing International Corp), principal fabricante de semicondutores da China.

As empresas taiwanesas necessitam de licença de exportação obrigatória para fornecer produtos ou serviços a organizações específicas. Exportações não autorizadas serão bloqueadas pelas autoridades alfandegárias.

A medida tem como objetivo adequar Taiwan aos controles de exportação dos Estados Unidos e de seus aliados.

A ação foi motivada por infrações pregressas, incluindo a aquisição ilegal de chips avançados da TSMC pela Huawei. Essa aquisição infringiu sanções dos Estados Unidos. Posteriormente, a Huawei tem procurado fornecedores locais, porém permanece dependente de componentes produzidos em Taiwan.

O Governo Chinês condenou veementemente a decisão. O PCC afirma que se trata de uma “barreira tecnológica” que prejudica cadeias de suprimentos regionais. As autoridades chinesas declaram que “bloqueios tecnológicos não impedirão o progresso científico e industrial da China continental”.

Sob a ótica de Pequim, qualquer tentativa de comprometer a colaboração econômica entre as partes da estreita ilha afeta diretamente a competitividade de Taiwan.

No final do ano passado, Huang Yen-nun, Ministro de Assuntos Digitais para o governo taiwanês, anunciou que o país enfrenta 15 mil ataques por segundo. Esse número corresponde a quatro vezes a média de ataques desse tipo em outros países.

Apesar disso, o país é considerado um local viável para a sede global da NVIDIA. Adicionalmente, a AMD deve construir dois edifícios de pesquisa e desenvolvimento na Ilha de Taiwan.

A TSMC, por sua vez, está estabelecendo unidades de fabricação próprias nos Estados Unidos, sendo que uma delas já atinge níveis de produção comparáveis aos da Taiwan, em fase de testes. Essa iniciativa fortalece a posição da China continental, ao mesmo tempo em que representa uma proteção da empresa contra as tarifas implementadas pelo Governo Trump.

HDMI 2.2 é oficial: suporta 240 Hz em 4K e 60 Hz em resoluções de até 16K.

Fonte por: Adrenaline

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