Dores de cabeça leves, resfriados ocasionais ou até incômodos digestivos podem ocorrer no dia a dia. O uso consciente da medicação — seja ela natural ou industrializada — não só contribui com o tratamento, como também evita exageros e efeitos indesejados. Segundo o farmacêutico e naturopata Jamar Tejada, saber quando recorrer à “farmácia da natureza” e quando optar pela “farmácia de balcão” é a chave para uma vida com mais saúde e menos efeitos colaterais.

Não se trata de descartar a medicina tradicional, mas de empregar os recursos naturais de maneira consciente e adicional, sobretudo nos casos mais brandos e persistentes. O organismo emite alertas, e frequentemente necessita de ajuste, não de eliminação imediata dos sintomas, explica o profissional.

Jamár Tejada explica como abordar algumas questões de saúde, tanto por meio da medicina natural quanto da tradicional. No entanto, é fundamental consultar um médico ou farmacêutico. A automedicação, inclusive com produtos naturais, pode comprometer o bem-estar.

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Cefaleia leve e frequente.

A utilização de magnésio, óleo essencial de hortelã-pimenta nas têmporas e plantas como tanaceto e gengibre pode auxiliar. Dentre os fitoterápicos mais recomendados, destaca-se o tanaceto, com sua ação analgésica, relaxante e anti-inflamatória.

Quando a dor é intensa, contínua ou com origem neurológica, é importante procurar um médico, que pode indicar o uso de medicamentos para alívio da dor.

Indigestão e dor abdominal.

A boldo, a espinheira-santa, a guaçatunga e a camomila são alguns fitoterápicos utilizados, além de cápsulas de enzimas digestivas e probióticos que frequentemente resolvem de forma eficiente.

Em caso de úlcera, refluxo crônico ou gastrite diagnosticados, é importante consultar um médico, que pode recomendar medicamentos inibidores de acidez e orientar sobre o acompanhamento necessário.

Gripe, resfriado e febre baixa.

Vitamina C, própolis, homeopatia e fitoterápico equinácea, juntamente com óleos essenciais de eucalipto e tea tree, auxiliam na imunidade e amenizam os sintomas.

Em caso de febre alta ou grande desconforto, é importante consultar um médico, que poderá indicar o uso de antitérmicos e analgésicos, os quais não devem ser utilizados como primeira medida em sintomas leves.

Dor de garganta e coriza.

Gargarejos com salva-vidas, chás com gengibre e mel, e sprays naturais podem ser eficazes.

Em caso de infecção bacteriana, geralmente é necessário antibiótico prescrito pelo médico.

Cólica menstrual

Suplementação com magnésio, vitamina B6, óleo de primrose e chá de erva-doce auxilia no alívio das cólicas.

O tratamento convencional envolve analgésicos e anti-inflamatórios, que são eficazes, porém não devem ser a única abordagem mensalmente. É fundamental procurar orientação médica.

Alergias respiratórias

Florais, fitoterápicos como perila e cúrcuma, e a homeopatia podem atuar na prevenção e na redução da sensibilidade.

A consulta médica é essencial, podendo recomendar o uso de anti-alérgicos em situações específicas. No entanto, o uso contínuo requer atenção.

Do parapeito ao gerenciamento: por que buscar auxílio especializado.

Para garantir a melhor opção de medicação, Jamar Tejada recomenda consultar um farmacêutico ou outro profissional de saúde que compreenda tanto a linguagem da medicina moderna quanto a da sabedoria natural.

Muitas vezes, o tratamento integrativo não apenas resolve o problema, como evita que ele volte com frequência, sem tantos efeitos colaterais.

Fonte: Carta Capital