Deputadas estaduais de São Paulo sofrem com ameaças de morte e agressão sexual

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo investiga um homem de 28 anos, suspeito de ter enviado mensagens ofensivas a parlamentares; foram apreendidos o computador e o celular.

03/06/2025 22h25

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(Imagem de reprodução da internet).

Deputadas estaduais da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foram notificadas, no último sábado (31), por meio de e-mails contendo ameaças de morte e estupro. O comunicado direcionado às parlamentares paulistas apresentava caráter violento e ofensivo, mencionando os nomes das envolvidas. A deputada Andréa Werner (PSB) relata ter recebido o e-mail, estando na época em Brasília, informada sobre as ameaças por sua assessoria.Minha assessora foi a primeira que viu e notou que todas as deputadas estavam copiadas e me comunicou. Inicialmente, o meu chefe de gabinete não queria me deixar ler, mas eu insisti para ler, pois se trata de um conteúdo extremamente violento, com ameaças de morte e de estupro, com coisas muito detalhadas e de uma forma até estranha, que chocam mesmo quando se lê. Eu sempre brinco que estou acostumada a ser xingada, pois sou ativista há muito tempo, mas eu nunca tinha recebido nada parecido com isso.Com essa ameaça, ficou evidente que a misoginia e o ódio contra mulheres nos espaços de poder não têm preferência política como: “Eu vou ameaçar somente as da esquerda”. Não, essa ameaça foi direcionada a todas as deputadas da Alesp. Eles nutrem ódio por todas as mulheres nesses espaços de poder e eu acho que isso ficou claro com esse e-mail.A deputada Marina Helou (Rede) classificou o ataque como “inaceitável” e cobra uma reação da Câmara. “Esta foi uma afronta inaceitável que põe em risco todas as deputadas da Casa no corpo do e-mail. As ameaças foram bastante violentas e diretas, configurando uma questão importante que exige resposta institucional, de investigação e de apoio para que não fique sem resposta este ataque direto à democracia e à participação das mulheres na política”, declarou.As duas parlamentares já haviam sofrido ameaças outras vezes, mas nunca com essa amplitude, direcionada às deputadas de direita e de esquerda. “Foi realmente um ataque direcionado às deputadas mulheres mostrando que existe uma busca por intimidar mulheres na política e para mostrar que esse lugar não deve ser ocupado por mulheres. E isso é absolutamente inaceitável. É preciso garantir que todos se sintam seguros e que as mulheres se sintam seguras no exercício de sua função”.A deputada Andrea Werner declarou que está conversando com o presidente da Casa para analisar alterações nas regras. Ela recordou que, da mesma forma, os espaços na Casa foram modificados quando as mulheres chegaram à política, ou instalaram banheiro feminino no Senado, em 2016, as regras internas da Alesp devem ser ajustadas. “A realidade é que os homens não enfrentam esse tipo de ameaça, quem sofre são as mulheres. teremos que readequar as regras internas considerando isso também”, defendeu.Com informações da Agência Brasil.Publicado por Nótaly Tenório

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Fonte por: Jovem Pan

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