O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sostenes Cavalcante (RJ), explique a ameaça de romper acordo que busca impedir o retorno do denominado “orçamento secreto” e a divisão das emendas parlamentares na Casa.
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Após reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), na última semana, Sostenes declarou a jornalistas que, caso Motta não apresente o requerimento de urgência do projeto que concede anistia aos réus dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, a bancada reagirá.
A estratégia anunciada pelo líder partidário contempla a obstrução, greve de fome e, por fim, a ruptura de acordo sobre a divisão de emendas de comissão. A última medida, segundo o deputado, seria uma espécie de “morfina” para resolver o problema, como um estágio final de pressão sobre Motta.
Se a medida fosse implementada, o PL controlaria integralmente as emendas das comissões que o integram na Câmara, medida que reflete o entendimento do STF sobre a divisão das emendas de comissão.
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O deputado afirmou: “Se for necessária uma medida extrema, vamos desconsiderar esse acordo e assumir o gerenciamento de 100% do valor das emendas das comissões que lideramos”.
Diante da declaração, Dino determinou que o deputado federal seja intimado a fornecer informações, em 48 horas, “permitindo uma análise mais aprofundada acerca destes fatos recentes divulgados pelo líder partidário”.
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Fonte: Metrópoles