Dino critica ameaças a ministros do STF e cita Gilmar

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, recordou recentemente uma tentativa de invasão ao prédio da Corte em setembro. Durante uma fala no Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) nesta quinta-feira (23), em Brasília, ele relatou um incidente envolvendo a aproximação de um indivíduo à entrada do tribunal, que alegou intenção de atacar ministros.

Detalhes do Incidente

De acordo com o relato de Flávio Dino, o homem se aproximou do Supremo, pulou as grades e declarou o objetivo de matar ministros como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Flávio Dino. A segurança do tribunal interveio, prendendo o agressor. O evento gerou uma “confusão”, conforme descrito pelo ministro.

Comentário e Proposta

Após o incidente, Flávio Dino comentou com outros ministros, sugerindo uma medida para lidar com as ameaças. Ele propôs a instalação de uma placa na entrada do Supremo listando os ministros em ordem de antiguidade, exigindo que fossem respeitados os critérios de tempo de serviço.

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Ele brincou que Gilmar Mendes seria o primeiro a ser alvo, seguido por ele, que estaria no tribunal há menos tempo.

Ameaças e Reações

O ministro também mencionou as mensagens de ódio e ameaças que recebeu após se tornar ministro do STF. Ele citou exemplos, incluindo uma mensagem que expressava o desejo de que ele fosse “esquartejado e seus pedaços espalhados pela Esplanada dos Ministérios”.

Flávio Dino ironizou a situação, considerando que a ameaça poderia ser útil devido ao seu tamanho.

Uso do Humor como Estratégia

Flávio Dino utilizou o humor como uma forma de enfrentar a intolerância e o discurso de ódio. Ele comparou sua abordagem ao “bom humor de São Tomás Moro”, uma oração preferida do Papa Francisco, destacando o papel do humor na desconstrução de atitudes extremistas.

Criação de Cargos no STF

Nesta semana, o Senado aprovou a criação de 40 cargos de técnico judiciário para atuação como policial judicial junto ao STF. Essa medida visa lidar com o aumento de ameaças direcionadas à Corte e seus ministros, refletindo a gravidade da situação.