O presidente executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, demonstrou otimismo em relação ao desempenho que o banco pode alcançar em 2025, após um primeiro trimestre superior às expectativas dos analistas, com aumento significativo na rentabilidade e crescimento expressivo na carteira de crédito.
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O executivo declarou esperar apresentar um desempenho superior ao projetado no meio do planejamento, com lucro líquido de R$5,9 bilhões, ROAE de 14,4% e carteira de crédito de R$1 trilhão, conforme divulgado no balanço da véspera.
Ele considerou que tal perspectiva não considera os desafios que o banco enfrenta, diante de previsões de desaceleração da economia no segundo semestre e altos níveis de juros, e que o ritmo de recuperação prossegue de forma gradual e cautelosa.
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Conforme Noronha, o banco apresenta um cenário de resultados bastante “tensionado” e identifica chances de crescimento em carteiras garantidas, como as colateralizadas e as consignadas. Ele expressou a convicção de que a instituição opera com uma taxa de juros entre 6% e 8%, sem excluir uma revisão das projeções para o segundo semestre.
Ele enfatizou que ter um apetite moderado por risco não implica em evitar investimentos em linhas cruciais para o banco, que possui seus indicadores de crédito sob controle.
O Bradesco projetou um crescimento de 4% a 8% na carteira de crédito expandida. No primeiro trimestre, essa área apresentou um aumento de 12,9%, impulsionada também pela inclusão de R$17,3 bilhões na carteira com a aquisição de 50% do Banco John Deere.
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Apesar de o banco não ter revisado oficialmente sua orientação, a administração demonstrou confiança na trajetória conquistada, o que pode resultar em resultados que superem a meta estabelecida em 2025, ressaltou o analista Gustavo Schroden, do Citi, em relatório, nesta quinta-feira.
O Bradesco permanece concentrado em explorar oportunidades em segmentos com bom desempenho de crédito, tanto para empresas quanto para pessoas físicas.
Às 13h45, as ações preferenciais do Bradesco subiam 16,56%, enquanto os papéis ordinários avançavam 14,72%, destacando-se entre os melhores desempenhos do Ibovespa, que crescia 2,93%.
Noronha também acredita haver uma oportunidade “colossal” com o crédito consignado privado, esperando que isso ocorra no início do próximo semestre, ressaltando que o banco não possui tanta penetração como em outras categorias de empréstimos com desconto em folha de pagamento.
Segundo o Bradesco, em fevereiro, sua participação de mercado no crédito consignado atingia 14,3% no total, 15,3% no INSS, 13,8% no público e 11,5% no privado.
Ele declarou que uma parcela das operações nesse segmento envolverá a troca de linhas por clientes, ainda que haja potencial de crescimento. “Eu talvez não seja tão otimista quanto alguns números que apareceram no mercado no curto prazo…mas, gradualmente, a perspectiva é ter dinheiro novo”, afirmou.
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Fonte: CNN Brasil