Diretoria da TV Brasil solicita exoneração ao Palácio do Planalto
Jean Lima ocupava a posição desde 2023, após assumir o lugar de Helio Doyle, que foi desligado da empresa devido a críticas sobre Israel.

O presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Jean Lima, renunciou na segunda-feira (4.ago.2025). A estatal está vinculada à Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), comandada por Sidônio Palmeira.
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Lima assumiu a direção da EBC em 2023, após a saída de seu predecessor, Helio Doyle, que foi demitido por ter manifestado críticas àqueles que apoiavam Israel no contexto do conflito na Faixa de Gaza.
Jean Lima é doutor em história econômica pela USP (Universidade de São Paulo), e mestre em história social pela UnB (Universidade de Brasília), onde também se formou em história.
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Ele assumiu a presidência da EBC em outubro de 2023, de forma temporária, sendo efetivado no cargo no final daquele ano.
Antes de liderar a diretoria-geral da empresa, exerceu função de consultor no governo federal, na gestão de Dilma Rousseff, atuando na Secretaria de Relações Institucionais. Sua atuação envolveu a elaboração, execução e acompanhamento de políticas públicas nas áreas da educação e alimentação escolar.
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Já exerceu a presidência da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal) e do IpeDF (Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal) e atuou como coordenador-adjunto de articulação intergovernamental, coordenador-executivo do CDES-DF (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do DF) e secretário-adjunto de governo, na Secretaria de Estado de Governo do Distrito Federal.
Em junho deste ano, a então diretora administrativa, financeira e de gestão de pessoas da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) Sabrina Gabeto Soares renunciou em uma carta com críticas a Sidônio.
Ela afirmava que, com a nomeação do marqueteiro baiano, permaneceu otimista de que as situações melhorariam no ministério, porém a empresa tem sido gerenciada como um entrave e sem a intenção de analisá-la sob outra perspectiva senão a de confirmação.
Sabrina afirmou que era difícil compreender que uma empresa pudesse ser tão rígida quanto o Executivo.
Também é difícil aceitar que a necessidade de mudanças estruturais profundas era incompatível com o cenário político legislativo que se impõe. As estatais dependentes são um modelo institucional tão peculiar e esdrúxulo que até o momento a solução encontrada para suplantar os problemas deste modelo é o seu fim.
Ela ainda na carta expressou otimismo com a vinda de Sidônio Palmeira em 2025, porém, nada mudou.
Fonte por: Poder 360