Eduardo Bolsonaro antecipa novas sanções dos EUA contra o Brasil em decorrência do julgamento envolvendo seu pai, Jair Bolsonaro
Deputado declara à Financial Times que buscará a Europa para pressionar por ações contra a câmara do Parlamento Europeu.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou, em entrevista ao Financial Times na segunda-feira (11), que os Estados Unidos devem aumentar a pressão sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, aplicando novas sanções a ministros que não interrompam o julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro, réu acusado de coordenar um golpe de Estado. Eduardo conduz uma campanha de lobby em Washington para que os EUA adotem medidas contra a corte brasileira, a fim de evitar uma possível prisão do ex-presidente.
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“Eu sei que Trump tem uma série de possibilidades sobre a mesa, desde sancionar mais autoridades brasileiras, até uma nova onda de revogação de vistos, até questões tarifárias”, disse Eduardo ao FT. Segundo ele, Washington deve ampliar penalidades após o governo americano já ter aplicado sanções ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo.
Eduardo Bolsonaro declara que Moraes “queimou todas as suas opções” e que o presidente dos EUA, Donald Trump, “ainda não”. Trump ainda tem a opção de intensificar sua postura com base na reação de Moraes, incluindo a possibilidade de sanções contra a esposa de Moraes, “que é seu braço financeiro”, além de revogação de vistos a aliados do ministro.
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A ameaça de retaliações já havia sido estendida a aliados de Moraes na semana anterior, em publicação da Embaixada dos EUA no Brasil.
Eduardo Bolsonaro enfatizou que pretende levar o tema Europa para pressionar por sanções contra a corte brasileira no Parlamento Europeu. “Quero levar as sanções dos EUA para a atenção dos parlamentares europeus para que ele possa ser sancionado lá”, afirmou. Apesar das críticas internas, que acusam sua campanha de prejudicar exportações e empregos no Brasil, Eduardo defende que sua atuação visa “salvar a democracia” e admite estar preparado para “as pessoas da esquerda que possam me insultar e criticar”.
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Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Nícolas Robert
Fonte por: Jovem Pan