Empresas expressam dúvidas sobre a revisão do regulamento do Novo Mercado da B3
Empresas do setor especializado defendem uma discussão mais transparente com o mercado em breve.

Rejeição de proposta da B3 para o Novo Mercado
As empresas listadas na B3 mostram tendência a rejeitar uma nova proposta da bolsa brasileira para o regulamento do chamado Novo Mercado, que reúne empresas com práticas de alto nível de governança.
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As 190 companhias listadas no segmento especial de listagem têm até as 23h59 desta segunda-feira (30) para enviar seus votos sobre as mudanças propostas pelo Balcão.
A proposta de “Evolução do Regulamento do Novo Mercado” da B3 concentra-se nas regras referentes à liquidez dos segmentos especiais. Entre os pontos em análise, a Bolsa destaca os seguintes:
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As empresas apresentaram suas decisões nas reuniões de seus conselhos de administração.
Na ata, a LWSA (antiga Locaweb) considerou que, embora a iniciativa da B3 em fomentar um debate sobre o aprimoramento do Novo Mercado seja positiva, “uma reformulação completa do Regulamento – como a proposta em discussão – não deveria acontecer sem uma revisão prévia do sistema atualmente em vigor para votação e aprovação de alterações no Regulamento do Novo Mercado”.
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Essa revisão é considerada necessária para garantir que os resultados desses processos reflitam, de maneira mais adequada, a posição dos participantes, por meio de sua efetiva participação nas deliberações, afirmou o conselho da LWSA.
Os conselheiros da companhia votaram unaniemmente pela rejeição das propostas apresentadas.
Contudo, ressaltou que “sugestões específicas cujo custo regulatório se justifique poderão ser rediscutidas ou reconsideradas no âmbito de uma nova proposta de reforma, já alinhada a um sistema de votação reformulado que contemple as preocupações já manifestadas”.
Na mesma linha, a Dimed – da rede de farmácias Panvel – votou pela total rejeição das propostas de alteração indicadas pela B3, argumentando que elas sejam melhor discutidas em um segundo momento junto ao mercado.
A Sendas Distribuidora, por sua vez, aceitou 21 das 25 propostas da B3, rejeitando aquelas que considerou desnecessárias, por já existirem regulamentações sobre a divulgação de informações para acionistas e o mercado em geral.
Além disso, a companhia afirma que fornecer informações como número de funcionários, tamanho da operação e segmento de varejo pode resultar em “interpretações e comparações distorcidas” por parte dos analistas.
Fonte por: CNN Brasil