Ex-funcionário do ministério afirma ao STF ter se sentido explorado em ação ilícita

Clebson Ferreira de Paula foi chamado como testemunha de acusação pela PGR; o depoente afirmou que a atuação da PRF no segundo turno variou em municípios que apoiavam Lula e Bolsonaro.

19/05/2025 20h53

1 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (19), Clebson Ferreira de Paula Vieira, que foi analista de inteligência da Coordenação-Geral de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres, declarou acreditar que suas análises foram utilizadas para decisões ilegais durante o segundo turno das eleições de 2022.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele é testemunha de acusação formalizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que apura o envolvimento do denominado “núcleo 1” na suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Clebson Ferreira relatou-se “apavorado” com a utilização de seu trabalho e conservou documentos como medida de proteção. Ele afirmou que a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apresentou diferenças em cidades com apoio a Lula e a Bolsonaro.

LEIA TAMBÉM:

“Naquela época, eu me senti particularmente assustado, pois percebi que uma de minhas habilidades técnicas foi utilizada para uma decisão ilegal. Então, me preparei para que, em um momento oportuno, eu pudesse relatar o ocorrido”, declarou Clebson.

O analista preservou os documentos antes do término da eleição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele declarou que aquilo representava uma certeza, um suporte, para afirmar que tal feito ocorreu em virtude de um conjunto de instruções e uma decisão tomada, independentemente de sua opinião.

Clebson recebeu instruções para realizar uma análise sobre a distribuição dos agentes da Polícia Rodoviária Federal em antecipação ao segundo turno das eleições de 2022.

Em dado momento, mais de dois mil ônibus foram desviados no Nordeste devido a ações da PRF. A região apresentava maior vantagem política para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação a Jair Bolsonaro (PL).

Oitiva de testemunhas

Iniciou-se na segunda-feira a fase de depoimento das testemunhas da acusação. Nesta etapa, os juízes auxiliares do gabinete do ministro Alexandre de Moraes conduzem os interrogatórios. Todas as sessões serão realizadas por videoconferência e acompanhadas pelas defesas dos réus, além de representantes da Procuradoria-Geral da República.

Ademais de Clebson, quatro testemunhas de acusação comparecem à audiência: elas são.

Fonte: CNN Brasil

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.