O ex-treinador Jürgen Klopp criticou a Copa do Mundo de Clubes, considerando-a a “pior ideia já implementada no futebol”.

O ex-zagueiro declarou à publicação do jornal alemão “Die Welt” que a competição acarreta sofrimento físico e psicológico.

Compreendo quem afirma que o valor recebido para participar é um exagero. No entanto, isso não ocorre com todos os clubes. Em 2023, houve a Copa América e a Eurocopa. Em 2024, teremos a Copa do Mundo de Clubes e, em 2025, a Copa do Mundo. Isso implica que não há recuperação real para os jogadores envolvidos, seja física ou mentalmente, ressaltou o treinador.

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O Borussia Dortmund, clube que Klopp dirigiu entre 2008 e 2015, alcançou as oitavas de final e enfrenta o Monterrey, do México, na terça-feira próxima (1). O alemão também conquistou diversos títulos com o Liverpool entre 2015 e 2024 e, na atualidade, não exerce função de técnico em nenhuma equipe.

Temo que os jogadores sofram lesões sem precedentes na próxima temporada. Se não na próxima, será na Copa do Mundo ou depois. Esperamos constantemente que nossos jogadores enfrentem cada jogo como se fosse o último. Repetimos isso a eles 70 ou 75 vezes por ano. Mas não pode continuar assim. Temos que dar descanso, porque sem isso, eles não conseguirão ter um desempenho ideal a longo prazo. E se não conseguirem fazer isso, todo o produto perde o seu valor para os vendedores.

Ademais, Klopp comparou o Mundial com a NBA ao apresentar um cenário distinto em que há potencial para lucros financeiros. “Todos eles arrecadam muito dinheiro. Mas vamos deixar isso de lado por um instante. Um jogador da NBA também ganha bastante dinheiro e tem quatro meses de férias por ano. Competições como a Copa do Mundo de Clubes não podem ser realizadas em detrimento dos atletas. Eu não desejaria isso a ninguém.”

Além da crítica, a competição está nas oitavas de final. No sábado (28), jogam Palmeiras contra Botafogo e Benfica contra Chelsea para definir os primeiros classificados para as quartas.

O jogador do Barcelona também manifestou insatisfação com a competição. Ele considerou injusto participar da disputa após o encerramento da temporada europeia. Raphinha, contudo, reduziu a importância do desempenho dos clubes na Europa, mencionando o cansaço dos atletas.

“Especificamente, considerando que um jogador que está em férias, em um clube europeu, eu estou de férias. Um exemplo: Marquinhos e Beraldo do Paris, jogaram a final da Champions, nem comemoraram adequadamente, viajaram para jogar com a seleção, encerrou o segundo jogo, retornaram para se apresentar e jogar o Mundial. Eles ainda não pararam”, afirmou em evento no Brasil, nesta sexta-feira (27).

Fonte por: CNN Brasil