O lutador de Artes Marciais Mistas (MMA), Edilson Florência da Conceição, condenado a oito anos e dois meses de prisão por estupro, foi liberado nesta segunda-feira (9) após obter do Ministério Público o direito de recorrer em liberdade. Nativo de Caicó, no Rio Grande do Norte, ele estava detido desde o dia 19 de janeiro. Em vídeo nas redes sociais, a vítima do agressor, a empresária Renata Coan Cudh, comentou sobre o caso e solicitou justiça.

Os policiais militares deram voz prisão a Edilson após flagrá-lo agredindo a empresária na saída de uma festa no Bairro Edson Queiroz, em Fortaleza. Na ocasião, ele exercia a função de motorista por aplicativo, desviando o trajeto para um matagal e estuprando a vítima.

Ao cometer o delito, a polícia se aproximava do local ao ouvir os gritos da vítima. Após os policiais chegarem, Edilson reagiu e tentou fugir, mas acabou sendo preso. Ele foi encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde foi autuado em flagrante por estupro.

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Com a decisão do Judiciário em liberar o agressor, a empresária Renata Coan Cudh publicou um vídeo e solicitou auxílio para que o estuprador seja novamente detido. De acordo com a vítima, ela foi “sequestrada, violentada e sufocada quase até a morte” após iniciar uma corrida com o objetivo de retornar para casa.

Uma publicação compartilhada por Renata Coan Cuduh (renatacoanc).

Não tive oportunidade alguma de me defender. Lembro-me de cada instante, sem ar. Deus enviou três policiais, que já estavam terminando o turno, e que me salvaram e prenderam o homem in flagrante. Apesar de tentar mostrar que estava bem nas minhas redes sociais, nesses últimos quatro meses, eu e minha família sofremos em silêncio. Porque não queríamos exposição, afirmou Renata.

Na sentença, proferida no início deste mês, a juíza Adriana Aguiar Magalhães, titular da 5ª Vara Criminal de Fortaleza, condenou Edilson a oito anos de prisão por estupro de vulnerável, considerando que a vítima estava embriagada, e dois meses de detenção por resistência à prisão.

Com Edilson já preso há 4 meses e 12 dias, o período para o cumprimento da detenção por resistência havia expirado, restando-lhe 7 anos, 9 meses e 18 dias de prisão, a serem cumpridos inicialmente em regime semiaberto. Contudo, mesmo com a condenação, a juíza autorizou que Edilson recorresse ao processo em liberdade, considerando-o réu primário e possuindo bons antecedentes.

Fonte por: Tribuna do Norte