O presidente Lula (PT) e os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT), das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), e da Secom, Sindônio Palmeira, se reuniram nesta sexta-feira 16, no Palácio da Alvorada, para debater a necessidade de instalação da CPI do INSS.
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Os ministros e o presidente decidiram não mais se opor publicamente à investigação, após parlamentares do PT e integrantes do governo defenderem o colegiado. A estratégia ainda não é apoiar a CPMI, mas sim deixar de lutar contra ela.
Na quinta-feira, Gleisi se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e foi informada de que seria inviável manter a investigação. Segundo o G1, Alcolumbre declarou-se grato por ter que ler o requerimento de instalação, uma vez que o Regimento Comum do Congresso Nacional determina que, com a assinatura de um terço dos deputados e um terço dos senadores, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito será estabelecida.
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A leitura ocorrerá em 27 de maio, quando o Congresso se reunirá para analisar vetos de Lula.
Conforme relatado pela CartaCapital, a avaliação do governo até quinta-feira era que a CPI do INSS na Câmara tinha mais chances de prosperar. Contudo, o apoio público do líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), a assinatura do senador Fabiano Contarato (PT-ES) no requerimento da CPMI e a manifestação de Alcolumbre levaram o governo e o Partido dos Trabalhadores a alterar a estratégia.
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), também defendeu, em audiência no Senado, a instauração do inquérito.
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Para o Palácio do Planalto, a CPI – ou CPMI – só faz sentido se o escopo da investigação incluir o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo apurações da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, os contratos fraudulentos no INSS teriam começado em 2019, durante a gestão do ex-capitão.
A formação de uma CPMI leva em consideração o tamanho das bancadas e, dessa forma, os governistas teriam o direito de escolha da presidência e da relatoria. A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) foi cogitada como relatora. Contudo, assessores da congressista avaliam que ela estará sobrecarregada com a presidência da comissão especial do Plano Nacional de Educação 2024-2034 (PL 2614/24), sua principal prioridade legislativa até o segundo semestre.
Fonte: Carta Capital