Haddad versus Nikolas: qual a extensão dos confrontos na Câmara?
A sessão, que incluía o ministro da Fazenda, foi interrompida devido a uma discussão acalorada com a oposição.

O comentarista José Eduardo Cardozo e o empresário e ex-deputado federal Alexis Fonteyne debateram, na quarta-feira (11), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), qual o limite dos confrontos na Câmara dos Deputados.
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A sessão da Câmara que incluía a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi interrompida após uma discussão acalorada com os deputados Nikolas Ferreira e Carlos Jordy.
Cardozo argumenta que há uma prática formal de respeito que está sendo negligenciada.
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A Câmara, no regimento, exige que os parlamentares se refiram como “vossas excelências”, por qual razão. Ao usar essa expressão, o parlamentar adota uma postura de certa distância formal que pode diminuir o respeito no diá.
Infelizmente, acredito que a Câmara dos Deputados tem, cada vez mais, perdido isso. Vejo parlamentares chamando ministros de você, vejo parlamentares criando situações para apenas dar o seu toque na internet e o debate parlamentar, que é aquele que se deve fazer com certos ritos formais de respeito democrático mútuo, acaba se perdendo.
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Fonteyne acredita que a discussão deve se concentrar nas ideias.
Considero que, quando [Nikolas Ferreira e Carlos Jordy] questionaram e precisaram se deslocar para outras comissões, devido à grande quantidade de comissões em andamento, o ministro aproveitou a oportunidade, não respondeu e ainda atacou.
A comitiva chegou para prestar esclarecimentos, contudo não houve atenção às questões levantadas. O ministro respondeu aos aspectos técnicos de economia, conforme declarou, chamando os indivíduos de “moleques” e mencionando o desejo de “lacrar” na internet.
Fonte por: CNN Brasil