Identifique as causas e o tratamento da esteatose hepática

O acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado é a esteatose hepática. Frequentemente, não apresenta sintomas nos estágios iniciais, mas pode evoluir para doenças mais graves, como hepatite gordurosa, fibrose e cirrose.

15/05/2025 19h23

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(Imagem de reprodução da internet).

O acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado, conhecido como esteatose hepática, pode evoluir para doenças mais graves, como hepatite gordurosa, fibrose e cirrose. A condição é reversível na maioria dos casos, principalmente com mudanças no estilo de vida, incluindo alimentação saudável, perda de peso e prática regular de atividade física.

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Segundo o cirurgião gástrico Adolfo Cezar Rodrigues Chang, do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), a principal causa da doença está no desequilíbrio entre alimentação e atividade física. “Se ela for de origem alcoólica ou não alcoólica, a gordura no fígado pode levar à inflamação e, à cirrose hepática”, explica.

Fatores de risco e diagnóstico

O acúmulo de gordura no fígado é uma condição frequente, afetando aproximadamente 25% da população. O risco é elevado em pacientes com doenças crônicas, incluindo diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade e dislipidemia. Além disso, a condição pode ser assintomática por anos, geralmente manifestando-se em estágios avançados e prejudicando as funções hepáticas.

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Para o diagnóstico, Adolfo Cezar Rodrigues Chang ressalta a necessidade de exames laboratoriais que avaliem a função hepática, incluindo bilirrubinas, transaminases, fosfatase alcalina e gama GT, bem como ultrassonografia de abdome superior, capaz de identificar o nível de comprometimento do fígado.

O tratamento da gordura no fígado visa reduzir a quantidade de gordura acumulada no órgão, além de combater outras condições associadas, como inflamação e resistência à insulina. As abordagens terapêuticas incluem mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios físicos, e, em alguns casos, o

Atualmente, não existe um medicamento específico para tratar a esteatose hepática. Segundo Adolfo Cezar Rodrigues Chang, o tratamento é baseado, principalmente, na mudança do estilo de vida. “A correção dietética e a prática regular de atividade física são fundamentais. Alguns medicamentos e suplementos podem auxiliar, mas devem ser usados apenas sob orientação médica, já que algumas substâncias podem ser tóxicas para o fígado”, alerta.

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A falta de cuidado no tratamento pode acarretar sérias consequências, uma vez que a esteatose hepática pode progredir para cirrose, mesmo em pacientes que não consomem álcool. “Nos Estados Unidos, essa já é a principal causa de transplante hepático, e o Brasil segue a mesma tendência”, afirma o médico.

A prevenção é o melhor caminho.

Apesar de não existir uma forma específica de prevenir a gordura no fígado, a adoção de hábitos saudáveis pode diminuir significativamente o risco da doença. O diagnóstico precoce e as mudanças no estilo de vida podem evitar complicações graves e assegurar uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

Uma alimentação equilibrada, com abundância de verduras, legumes e frutas, a redução do consumo de carne vermelha e alimentos ultraprocessados, a prática regular de exercícios físicos e a moderação no consumo de álcool são medidas essenciais para preservar a saúde do fígado e do organismo.

Por Julia Moreno

Fonte: Carta Capital

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