Índice mundial de preços de alimentos registra queda de 0,8% em maio, segundo a FAO
Alimentos como cereais, açúcar e óleos vegetais diminuem; carnes e laticínios mantêm índice 6% superior ao registrado em 2024.

O Índice de Preços de Alimentos da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO) apontou, na sexta-feira (6.jun.2025), uma média de 127,7 pontos em maio de 2025, representando uma queda de 0,8% em relação a abril. Essa redução se deve principalmente à diminuição nos valores de cereais, açúcar e óleos vegetais.
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Apesar da diminuição mensal, o índice se mantém 6% superior ao do mesmo período de 2023, porém 20,3% inferior ao valor máximo histórico alcançado em março de 2022.
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Os cereais registraram queda de 1,8% em comparação com abril, com média de 109 pontos, valor 8,2% abaixo do de maio de 2024. Os preços do milho foram reduzidos em razão do aumento da oferta proveniente do Brasil e da Argentina.
A FAO apontou a intensa competição e o incremento da oferta sazonal do Brasil e da Argentina, com a colheita de ambos acima do ritmo do ano anterior, como os fatores que pressionaram os preços do milho.
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O índice de óleos vegetais registrou 152,2 pontos, com redução de 3,7% em relação a abril, porém 19,1% superior ao valor de maio de 2024. Já o óleo de colza apresentou queda devido à expectativa de maior oferta na UE.
O índice de açúcar atingiu 109,4 pontos, com redução de 2,6% em relação a abril e 10,9% abaixo do valor de um ano atrás, registrando o 3º mês consecutivo de queda. A FAO atribuiu a redução à “demanda mais fraca, em meio a preocupações com as incertezas do cenário econômico mundial e seu possível efeito na demanda das indústrias de bebidas e de processamento de alimentos”.
A organização também ressaltou que as “previsões iniciais de uma possível recuperação da produção global de açúcar em 2025/26 – apoiadas por expectativas de maiores safras na Índia e na Tailândia, após o início antecipado da temporada de monções” exerceram pressão adicional sobre os preços.
O índice de carnes registrou 124,6 pontos, um aumento de 1,3% em comparação com abril e 6,8% superior ao patamar do ano anterior. A Alemanha restabeleceu sua condição de livre de febre aftosa, o que influenciou positivamente os preços da carne suína no país.
A FAO informou que os preços da carne de aves apresentaram redução, com as maiores cotações no Brasil, devido a um caso de gripe aviária em uma granja comercial que gerou embargos e excedentes significativos.
O índice de laticínios alcançou 153,5 pontos, valor 0,8% superior a abril e 21,5% acima do registrado no ano anterior. Os preços do leite em pó integral aumentaram mais de 4% no mês, devido a compras expressivas da China, enquanto os preços do leite em pó desnatado diminuíram 0,2%.
A FAO acompanha mensalmente as oscilações de preços das principais commodities alimentares no mercado internacional. Essas variações impactam produtores e consumidores em escala global, com países como Brasil, Argentina, EUA (Estados Unidos da América), Índia e Tailândia exercendo influência considerável no mercado de produtos agrícolas.
Fonte por: Poder 360