Índices de preços ao consumidor registram queda em julho, segundo dados do IBGE

O aumento recente se relaciona com o incremento da oferta de produtos, impulsionado por colheitas mais produtivas, embora ainda seja prematuro atribuir …

12/08/2025 15h30

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SP - GOVERNO REÚNE / ALTA INFLAÇÃO - ECONOMIA - A equipe do governo federal irá se reunir nesta quinta-feira (6) para discutir sobre a alta na inflação e medidas para baixar o preço dos alimentos, a reunião será coordenada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e representantes do Ministério da Fazenda. Na foto, consumidores em feira livre no bairro do KM18 em Osasco na grande São Paulo, nesta quinta-feira (06). 06/03/2025 - Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Os preços dos alimentos apresentaram queda em julho, pela segunda vez seguida, após um período de nove meses de alta. O avanço se deve principalmente ao aumento da oferta de produtos, associado a safras favoráveis. Ainda não há evidências de influência da política tarifária anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação a produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano. A avaliação é de Fernando Gonçalves, gerente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O grupo Alimentação e Bebidas registrou uma redução de 0,18% em junho para 0,27% em julho, contribuindo com -0,06 ponto porcentual para a taxa de 0,26% do último mês. A queda em julho foi impulsionada pela alimentação domiciliar, que caiu 0,69%. Destaques foram as reduções na batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). As carnes diminuíram 0,30%, e o café moído recuou 1,01%.

Gonçalves observou que o IPCA apresentou leve aceleração entre junho e julho, e a queda nos preços dos alimentos atenuou outras pressões inflacionárias no mês. A maioria dos subgrupos de itens alimentícios registrou redução de preços em julho. O café, por exemplo, teve o primeiro recuo após 18 meses consecutivos de alta, devido à melhora na oferta do produto na lavoura. “É prematuro cravar que a variação das tarifas é (proveniente) de origem tarifária”, ponderou Gonçalves. O pesquisador ressaltou que as tarifas entraram em vigor recentemente, sendo imprudente apontar qualquer efeito nos preços de qualquer produto.

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Ele afirma que é necessário aguardar para compreender a reação do mercado ao aumento das tarifas, se os produtores encontram novos mercados consumidores, se preferem manter estoques ou se a oferta doméstica realmente crescerá. “As frutas não têm como estocar. Ao entrar no mercado interno, haveria um aumento da oferta, e a tendência é que o preço caia”, confirmou. Em relação ao consumo fora de casa, houve um aumento de 0,87% em julho: o item lanche avançou 1,90%, e a refeição fora de casa subiu 0,44%.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

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Fonte por: Jovem Pan

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