Investir para combater a crise climática representa um custo de 2% do Produto Interno Bruto e impede uma perda de 27%
Investir em ações climáticas atualmente pode evitar perdas futuras estimadas em até dez dólares, conforme relatório.

As despesas globais para combater as mudanças climáticas correspondem a uma pequena parte das perdas econômicas projetadas se nenhuma medida for implementada, conforme apontado em um relatório publicado pela Universidade de Cambridge e pelo Boston Consulting Group (BCG).
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Conforme o documento, as ações de mitigação e adaptação necessárias para conter o aquecimento global custariam entre 1% e 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial acumulado até 2100. Já o custo da inação — manter o mundo na trajetória atual de emissões, com aumento da temperatura média em torno de 3°C — pode chegar a 27% do PIB global no mesmo período.
O estudo aponta que os danos potenciais abrangem a redução da produção, prejuízos à infraestrutura, perdas no setor agrícola e a instabilidade de mercados financeiros, além de riscos relacionados a eventos extremos mais comuns, como secas, inundações e ondas de calor.
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A análise dos autores é direta: por cada dólar investido em ações climáticas atualmente, é possível evitar até 10 dólares em perdas futuras. O relatório ressalta que quase 90% dos danos econômicos previstos podem ser evitados com investimentos iniciais em energia limpa, infraestrutura resiliente, reconfiguração produtiva e preservação ambiental.
Apesar do aumento significativo, o documento indica que o planeta ainda está longe das necessidades urgentes. Entre 2021 e 2022, somente 1% do Produto Interno Bruto global foi direcionado à mitigação e os investimentos em adaptação representaram menos de 0,1%. Para alcançar os objetivos do Acordo de Paris, seria necessário ampliar esses volumes em 9 e 13 vezes, respectivamente, até 2050.
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O relatório aponta que o foco desses investimentos em países desenvolvidos aumenta o desafio para economias emergentes, como o Brasil, que se encontram entre as mais suscetíveis aos efeitos da crise climática.
Fonte por: CNN Brasil