IOF: compreenda as novas medidas do governo anunciadas por Haddad
O governo propõe uma medida provisória que inclui novas ações para aumentar a arrecadação tributária federal, visando equilibrar a queda na arrecadação proveniente da redução da alíquota sobre transações financeiras.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite de domingo (8) que alcançou um acordo com líderes do Congresso Nacional para “revisar” o decreto que elevou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com previsão de redução, parcial ou total, de parte das medidas.
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Em contrapartida, afirmou que serão apresentadas novas ações de arrecadação para equilibrar essa mudança.
Acompanhe as alterações no IOF e as iniciativas de arrecadação compensatórias divulgadas por Haddad, conforme apresentação da Fazenda vista pela Reuters.
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Risco identificado.
Haddad defende que a taxa fixa de 0,95% sobre as operações, que se assemelha a uma forma de crédito corporativo, será suprimida, e a alíquota de 0,0082% diária, com limite de 3% ao ano, será diminuída.
Há uma redução de 80% nas operações para esta pasta.
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Financiamento para empresas
O governo informou sobre uma diminuição na alíquota do IOF, sem fornecer detalhes. Inicialmente, o governo aumentou o limite do IOF em operações de crédito para empresas de 1,88% ao ano para 3,95% ao ano.
A cobrança para empresas do Simples aumentaria de 0,88% ao ano para 1,95% ao ano.
VGBL
A recente aplicação de 5% de IOF, determinada pelo decreto no mês passado, sobre as contribuições que ultrapassassem R$ 50 mil mensais nos planos de previdência privada Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) será diminuída.
As agências reguladoras federais de seguros depositários.
A Fazenda prevê a cobrança de uma “alíquota mínima” sobre Fundos de Investimento em Direito Crédito (FIC) — o decreto havia determinado que, para transferências relativas a aplicações de fundos no exterior, a alíquota do IOF passaria de zero para 3,5%.
Indenização
O governo apresentará uma medida provisória com novas iniciativas para aumentar a arrecadação federal.
Taxação de títulos
A tributação de ganhos de capital provenientes de títulos incentivados será de 5%.
Atualmente, o benefício abrange Títulos de Crédito Imobiliário, Títulos de Crédito do Agronegócio, Certificados de Recebíveis Imobiliários, Certificados de Recebíveis do Agronegócio e debêntures incentivadas.
Aplicações financeiras
Fontes informaram à Reuters na segunda-feira que o governo ainda propõe uma alíquota unificada de 17,5% de IR sobre rendimentos de aplicações financeiras que atualmente possuem cobrança escalonada de 15% a 22,5% dependendo do prazo do resgate, como títulos do Tesouro Nacional e Certificados de Depósito Bancário (CDB).
Aumento da tributação de apostas.
O ministro informou que se propõe um aumento da tributação sobre os “bets”. A cobrança será de 18% sobre o chamado “Gross Gaming Revenue” (GGR), o faturamento da empresa de apostas após a dedução dos prêmios pagos aos vencedores e do Imposto de Renda.
Instituições financeiras
Haddad anunciou o aumento da cobrança de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em instituições financeiras. “Haverá uma aproximação das alíquotas dos bancos. Atualmente as instituições financeiras pagam três alíquotas – 9%, 15% e 20% –, a de 9% não existirá mais”, afirmou.
Impostos
O ministro Paulo Puji Baskervil afirmou que governo e Congresso também chegaram a um acordo para debater uma redução de “pelo menos 10%” em incentivos fiscais que não estão previstos na Constituição. Essa medida seria posteriormente apresentada e não envolveria Medidas Provisórias.
com informações da Reuters
Fonte por: CNN Brasil