Irã estabelece protocolo para prevenir atos de assassinato e ameaça com punição capital para considerados traidores

Governo estimula denúncias de pessoas envolvidas e endurece ações diante do aumento de disputas com Israel e Estados Unidos.

23/06/2025 10h35

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(Imagem de reprodução da internet).

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, implementou um protocolo de segurança rigoroso que inclui a ameaça de execução para colaboradores de forças inimigas, de acordo com o New York Times. Na sexta-feira (20.jun.2025), o Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano emitiu um ultimato exigindo que esses colaboradores se entregassem até o final da semana (22.jun) e retornassem “aos braços do povo”.

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As medidas foram implementadas em reação aos ataques israelenses que começaram em 12 de junho de 2025 e à recente intervenção militar dos Estados Unidos. De acordo com o jornal norte-americano, o Ministério da Inteligência proibiu o uso de dispositivos eletrônicos para comunicação entre autoridades. Paralelamente, altos funcionários do governo e comandantes militares receberam ordens para permanecerem em instalações subterrâneas.

O protocolo foi intensificado após os EUA atacarem três instalações nucleares iranianas no sábado (21.jun), incluindo o centro subterrâneo de enriquecimento de urânio em Fordow. Na ocasião, o presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), declarou: “Concluímos com grande sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan”.

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O aiatolá Khamenei, de 86 anos, interrompeu as comunicações eletrônicas e passou a se comunicar com comandantes através de um assessor de confiança. Normalmente, ele vive e trabalha em um complexo altamente seguro no centro de Teerã, denominado “beit rahbari” (casa do líder), do qual raramente se ausenta, exceto em ocasiões especiais.

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O líder supremo está abrigado em um bunker, tendo indicado substitutos em sua cadeia de comando militar e nomeado três clérigos seniores como possíveis sucessores em caso de falecimento.

O governo iraniano já havia identificado três preocupações primordiais com o aumento das tensões: uma possível tentativa de atentado contra Khamenei, a intervenção dos Estados Unidos no conflito e os riscos a infraestruturas críticas nacionais, incluindo usinas de energia, refinarias de petróleo e gás e barragens.

O Ministério da Inteligência e as Forças Armadas do Irã emitem regularmente orientações para a população relatar indivíduos e veículos suspeitos. As autoridades também aconselham os cidadãos a não fotografarem ou filmarem ataques a locais sensíveis.

Adicionalmente, o país instaurou um bloqueio nas comunicações com o exterior, interrompendo a internet e restringindo chamadas internacionais.

Fonte por: Poder 360

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