O vice-presidência do parlamento iraniano, Hamid Reza Haji Babaei (Frente Yekta, direita), declarou que o país impediu o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, de ter acesso a instalações nucleares. O país também retirou as câmeras de vigilância dessas localidades.
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A decisão foi comunicada no sábado (28.jun.2025), após o Irã afirmar que Israel obteve informações sensíveis dos complexos nucleares. Haji Babaei fez o anúncio durante o funeral de militares e cientistas falecidos em ataques israelenses, conforme reportado pela agência de notícias Mehr.
A ação se dá após os países terem estabelecido um cessar-fogo. Não há informações detalhadas sobre quais “dados sensíveis das instalações” teriam sido obtidos por Israel, nem sobre o modo como isso teria ocorrido. Também não está claro se a AIEA buscará negociar o retorno dos inspetores e das câmeras.
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O conflito se prolongou por 12 dias. Israel iniciou os primeiros ataques, alegando defesa prévia contra o que considerou a produção de armamento nuclear iraniano. Teerã negou estar enriquecendo urânio para fins bélicos. Grossi já havia denunciado o suposto enriquecimento nuclear iraniano acima dos níveis estabelecidos pelo acordo internacional.
O Irã possibilitava que a AIEA auditasse suas instalações nucleares e emprecasse equipamentos de monitoramento, em virtude do acordo nuclear de 2015 com China, França, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha, tendo a UE (União Europeia) atuado como intermediária. O compromisso visava regular o programa nuclear do governo iraniano.
Em 2018, os Estados Unidos se retiraram do acordo, no primeiro mandato de Donald Trump (Partido Republicano). Em 2025, durante seu segundo mandato, a Casa Branca se uniu a Israel na guerra. Foram atacadas instalações nucleares iranianas. A administração alegou que o Irã não pode desenvolver armamento nuclear e que isso causaria instabilidade global.
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Fonte por: Poder 360