Israel afirma ter atacado instalações de comando da Força Quds em Teerã
A unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã foi atingida pelas forças israelenses no quarto dia de confrontos entre os dois países.

As FDI (Forças de Defesa de Israel) declararam nesta segunda-feira (16.jun.2025) que realizaram ataques a centros de comando da Força Quds, a unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, durante o quarto dia de combates entre os dois países. O conflito teve início na sexta-feira (13.jun), no horário local, quando Israel conduziu seus primeiros ataques contra instalações nucleares iranianas.
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O Exército israelense afirmou em publicação no Telegram que o ataque a centros de comando se justifica por “operações da Quds planejavam ataques terroristas contra o Estado de Israel utilizando representantes do regime iraniano no Oriente Médio”.
A Força Quds, alvo de ataques israelenses, é uma unidade dentro da Guarda Revolucionária formada na década de 1980 durante a guerra Irã-Iraque como sua unidade de inteligência especial. Ela desempenha um papel central nas relações do Irã com grupos armados no Afeganistão, Iraque, Líbano, Síria e na Faixa de Gaza, incluindo o Hezbollah e o Hamas.
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Os ataques de Israel já resultaram na morte de Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária do Irã, que foi substituído pelo general Ahmed Vahidi. Desde sexta-feira (13.jun), ambos os países têm intensificado as ofensivas, elevando preocupações sobre um possível conflito regional mais amplo.
O Irã declarou que Israel atacou instalações de petróleo, ceifando a vida do diretor de inteligência da Guarda Revolucionária e atingindo áreas residenciais. Em retaliação, o Irã desencadeou uma nova série de ataques com mísseis contra Israel na madrugada da segunda-feira (16.jun), provocando o disparo de alarmes de defesa aérea em várias regiões do país.
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Ataques da Irã atingiram diversas áreas de Israel, incluindo Tel Aviv. Explosões foram registradas na cidade costeira, provavelmente decorrentes da interceptação de mísseis iranianos pelos sistemas de defesa israelenses. Nuvens de fumaça foram observadas sobre a cidade antes do nascer do sol.
O Ministério da Saúde do Irã comunicou que 224 pessoas faleceram a partir do início dos ataques israelenses. O representante Hossein Kermanpour anunciou em sua conta no X (antigo Twitter) que 1.277 indivíduos foram encaminhados para hospitais, ressaltando que mais de 90% das vítimas eram civis. Israel relatou 14 óbitos e 390 casos de feridos em seu território desde quinta-feira (13.jun), conforme noticiado pela agência de notícias Associated Press.
Dada a natureza do conflito, não é possível confirmar esses números de maneira isolada. O Poder360 apresenta os dados apresentados por cada parte envolvida.
O Consulado dos EUA em Tel Aviv registrou danos leves devido à queda de um míssil iraniano nas cercanias, conforme declarado pelo embaixador americano, Mike Huckabee. Ele comunicou que não houve vítimas fatais entre o pessoal norte-americano. O consulado em Tel Aviv e a embaixada em Jerusalém permanecem fechados no dia, em razão das circunstâncias.
A chefe da diplomacia da UE convocará uma reunião de emergência dos ministros das Relações Exteriores do bloco para terça-feira (17.jun). O encontro, que será realizado por videoconferência, proporcionará uma oportunidade para uma troca de pontos de vista, coordenação de contatos diplomáticos com Tel Aviv e Teerã, e possíveis próximos passos, segundo informou o gabinete da chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, no domingo (15.jun).
Ainda não se conhece os resultados da reunião da UE e se novas medidas diplomáticas serão implementadas para conter o aumento do conflito.
Uma autoridade americana revelou que o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), vetou um plano apresentado por Israel ao governo do país para eliminar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. De acordo com a fonte, que preferiu permanecer anônima à Reuters, os israelenses comunicaram à administração Trump nos últimos dias sobre um plano para assassinar o líder iraniano.
A Casa Branca manifestou sua oposição à realização da operação. A administração avaliou que tal ação poderia intensificar o conflito e desestabilizar a região.
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Fonte por: Poder 360