Israel e Irã completam a segunda semana de combates com ações aéreas

Os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França e Alemanha deverão se reunir com o chanceler iraniano para tentar amenizar o conflito.

19/06/2025 23h39

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(Imagem de reprodução da internet).

O confronto aéreo entre Israel e Irã entra na segunda semana nesta sexta-feira (20) e autoridades europeias buscam atrair Teerã de volta à mesa de negociações após o presidente Donald Trump declarar que qualquer decisão sobre o possível envolvimento dos EUA seria tomada em duas semanas.

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Israel iniciou ataques ao Irã na sexta-feira passada (quinta-feira à noite, horário de Brasília), afirmando que o objetivo era evitar que seu adversário de longa data desenvolvesse armas nucleares.

O Irã respondeu com ataques de mísseis e drones contra Israel. O país declara que seu programa nuclear é pacífico.

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Ataques aéreos israelenses ceifaram a vida de 639 pessoas no Irã, segundo a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos. Entre os falecidos, encontravam-se o alto comandante militar e cientistas nucleares.

Israel declarou que pelo menos 60 civis israelenses faleceram em decorrência de ataques com mísseis lançados pelo Irã.

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A Reuters não conseguiu verificar de forma independente o número de vítimas de nenhum dos lados.

Israel visa instalações nucleares e capacidades de mísseis, além de buscar a destruição do governo do líder supremo aiatolá Ali Khamenei, segundo informações de fontes ocidentais e regionais.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, afirmou na quinta-feira (19) que a queda do regime é um possível resultado, mas depende do levante do povo iraniano por sua liberdade.

O Irã afirmou que está atacando instalações militares e de defesa em Israel, além de ter atingido um hospital e outras instalações civis.

Israel acusou o Irã na quinta-feira de atingir civis de forma intencional, utilizando munições de fragmentação que dispersam pequenas bombas por uma vasta área.

O Irã não respondeu prontamente a uma solicitação de esclarecimento.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, França e Alemanha, juntamente com a chefe de política externa da União Europeia, devem se reunir em Genebra com o ministro das Relações Exteriores do Irã para tentar amenizar o conflito nesta sexta-feira.

O ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, afirmou que é hora de encerrar os cenários preocupantes no Oriente Médio e evitar uma escalada regional que não beneficiaria ninguém, antes de sua reunião conjunta com Abbas Araqchi, ministro das Relações Exteriores do Irã.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, criticaram o Israel e afirmaram que a desescalada é necessária, declarou o Kremlin na quinta-feira.

O papel dos Estados Unidos continua incerto.

Na quinta-feira, em Washington, Lammy reuniu-se com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o enviado especial de Trump para a região, Steve Witkoff, e informou que trataram de uma possível negociação.

Witkoff conversou com Araqchi várias vezes desde a semana passada, de acordo com fontes. Trump, por sua vez, alternou entre ameaçar Teerã e instá-lo a retomar as negociações nucleares, suspensas devido ao conflito.

Trump declarou que tomará uma decisão sobre o envolvimento dos EUA no conflito em duas semanas.

Este não pode ser um prazo definitivo. Trump costuma usar “duas semanas” como prazo e permite que outros prazos econômicos e diplomáticos sejam prorrogados.

Diante do Irã confrontando uma de suas maiores ameaças externas desde a revolução de 1979, qualquer desafio direto ao seu governo de 46 anos provavelmente acionaria uma forma de revolta popular.

Ativistas que participaram de protestos anteriores afirmam que não estão dispostos a provocar uma mobilização em larga escala, mesmo diante de um sistema que detestam, com sua nação sob ataque.

“Como as pessoas podem sair às ruas? Em circunstâncias tão terríveis, as pessoas estão focadas apenas em salvar a si mesmas, suas famílias, seus compatriotas e até mesmo seus animais de estimação”, declarou Atena Daemi, uma ativista notável que passou seis anos na prisão antes de deixar o Irã.

Fonte por: CNN Brasil

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