Israel intercepta navio com ativistas e detém Greta Thunberg

Além de Greta, o ator Liam Cunningham e a deputada francesa Rima Hassan estão a bordo do Madleen.

08/06/2025 22h51

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(Imagem de reprodução da internet).

Israel interceptou um navio de ajuda humanitária com destino a Gaza, apreendendo as pessoas a bordo e levando o navio para Israel.

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A Coalizão da Flotilha Livre afirmou que o exército israelense interceptou o “Madleen”, que visava fornecer assistência a Gaza.

Os passageiros devem retornar aos seus países de origem, informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel em publicação na rede X.

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Thunberg, o ator de “Game of Thrones” Liam Cunningham e Rima Hassan – deputada francesa no Parlamento Europeu – estão entre os passageiros do Madleen.

O grupo FFC publicou uma foto no Telegram na madrugada de segunda-feira, horário local, exibindo tripulantes sentados a bordo do barco, vestindo coletes salva-vidas e com as mãos levantadas. Não há soldados das Forças de Defesa de Israel na imagem.

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O FFC declarou anteriormente que o navio sofreu um ataque em águas internacionais.

Drones rodeiam o navio e o pulverizam com uma substância branca semelhante a tinta. As comunicações foram interrompidas e ruídos perturbadores estão sendo transmitidos pela rádio, conforme informou o FFC em seu canal no Telegram.

Israel já havia prometido repetidamente impedir a chegada do navio a Gaza, descrevendo-o como um “iate de selfies” que transportava “celebridades”.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou no domingo que deu instruções às Forças de Defesa de Israel para assegurar que a flotilha “Madleen” não alcançasse Gaza.

O navio de ajuda humanitária comunicou os primeiros indícios de ação militar israelense nas primeiras horas de segunda-feira.

Pouco antes, dois drones israelenses sobrevoaram o Madleen da FFC e lançaram alguma substância química branca no Madleen. Agora, o Madleen está cercado por comandos navais israelenses, disse à CNN Huwaida Arraf, organizadora da Freedom Flotilla, membro do comitê diretivo e advogada de direitos humanos nos EUA.

Na transmissão ao vivo feita do barco e divulgada pela FFC, a ativista Yasmin Acar exibiu a substância branca no convés, afirmando que ela havia sido lançada a bordo. Posteriormente, Acar relatou que a substância estava prejudicando sua visão. Antes do término da transmissão, Acar mencionou que o exército israelense estava em contato com a embarcação.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que o grupo “buscou orquestrar uma provocação midiática cujo único objetivo era obter repercussão pública”.

Existem maneiras de prestar assistência à Faixa de Gaza – elas não se limitam a postagens no Instagram”, acrescentou.

A Madleen integra a Coalizão da Flotilha Livre, uma organização que promove a campanha contra o bloqueio israelense a Gaza e busca romper o cerco por via marítima.

A tripulação, que compartilhou a localização do navio em um rastreador online, iniciou os preparativos para a hipótese de interceptação pelo exército israelense. Até a manhã de segunda-feira, o navio civil sob bandeira britânica se encontrava ao norte do Egito, no mar Mediterrâneo, avançando gradualmente em direção à costa de Gaza.

Sabemos que é uma missão muito arriscada e sabemos que experiências anteriores com flotilhas como essa resultaram em ataques, violência e até mesmo mortes”, disse Thunberg à CNN no sábado.

Após 11 semanas de bloqueio que impediram qualquer assistência humanitária de chegar a Gaza, Israel retomou a permissão para a entrada de uma pequena quantidade de ajuda.

Trata-se apenas de uma parte da assistência que chegava ao território antes do conflito, e organizações humanitárias alertam para uma crise humanitária crescente e para o risco de fome generalizada.

O Ministério israelense havia publicado anteriormente um vídeo na rede X, exibindo uma funcionária da Marinha transmitindo o que aparenta ser uma mensagem de rádio para a embarcação.

A área marítima próxima à costa de Gaza encontra-se fechada à navegação marítima, afirma uma funcionária não identificada da Marinha no vídeo. Ela também declara que a assistência deve ser entregue por “canais autorizados”.

O ministério declarou que “tentativas não autorizadas de violar o bloqueio são perigosas, ilegais e comprometem os esforços humanitários em andamento”.

O ministério acrescentou em um comunicado na segunda-feira, horário local, que se insta a todos os envolvidos a agirem com responsabilidade e a direcionarem a assistência humanitária por meios legítimos e coordenados, não por meio de provocações.

Esta é uma história em desenvolvimento e será atualizada.

Fonte por: CNN Brasil

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