Israel permitirá a entrada de bens em Gaza através de comerciantes

A meta é diminuir a dependência de assistência externa, afirma agência militar israelense.

05/08/2025 8h45

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(Imagem de reprodução da internet).

Israel declarou que possibilitará a entrada gradual e controlada de bens em Gaza, por meio de comerciantes locais. A informação foi divulgada nesta terça-feira (5 de agosto de 2025) pela Cogat, agência militar israelense responsável pela coordenação da assistência humanitária.

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A Cogat informou que um mecanismo foi aprovado pelo governo para ampliar o alcance da assistência humanitária, possibilitando a chegada de mercadorias em Gaza por meio do setor privado.

A agência informou, seguindo a Reuters, que os produtos autorizados abrangem alimentos básicos, papinhas para bebês, frutas, verduras e itens de higiene.

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A meta é incrementar o fluxo de assistência para a Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que se diminui a dependência da coleta de ajuda pela ONU e por organizações internacionais, afirmou a Cogat. A agência não detalhou como essa operação de ajuda operaria.

As autoridades palestinas e da ONU declaram que Gaza necessita de aproximadamente 600 caminhões de ajuda diária – o volume que Israel permitia entrar na Faixa de Gaza antes do conflito.

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Imagens de palestinos sedentos, incluindo crianças, chocaram o mundo nas últimas semanas, ao mesmo tempo em que um vídeo divulgado pelo Hamas no domingo (3.ago), exibindo um prisioneiro israelense severamente desnutrido, gerou críticas contundentes de potências ocidentais.

A Organização Mundial da Saúde identificou um aumento da desnutrição causado pela fome na Faixa de Gaza. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a agência ficou impedida de fornecer qualquer tipo de alimento no território palestino durante quase 80 dias, de março a maio de 2025.

Israel suspendeu o envio de mercadorias para Gaza em março. O bloqueio foi revogado parcialmente em maio, porém as condições para a chegada de assistência humanitária ainda restringem o acesso a alimentos.

De acordo com informações do governo israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Likud, direita) optou por assumir o controle total da Faixa de Gaza. Netanyahu anunciou na segunda-feira (4 de agosto) que convocaria seu gabinete de segurança nesta semana para determinar como orientar os militares a alcançar seus objetivos de guerra na região.

Netanyahu afirmou em uma reunião ministerial, conforme reportado pela Reuters, que é preciso manter a união e lutar em conjunto para atingir todos os objetivos de guerra: a derrota do inimigo, a libertação dos reféns e assegurar que Gaza não represente mais uma ameaça a Israel.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 resultou em 1.200 mortes de israelenses e desencadeou a guerra na Faixa de Gaza. De acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza, mais de 60.000 palestinos perderam a vida desde então.

Fonte por: Poder 360

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