Japão Retoma Usina Nuclear Gigante: Decisão Polêmica e Controvérsias!

Japão reativa maior usina nuclear do mundo! Kashiwazaki-Kariwa retorna após 15 anos de paralisação, gerando polêmica e manifestações. A Tepco busca aprovação da comunidade local, mas 60% ainda se opõem à retomada

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(Imagem de reprodução da internet).

Japão Permite Retomada da Maior Usina Nuclear do Mundo

O Japão deu o passo final para permitir que a maior usina nuclear do mundo, Kashiwazaki-Kariwa, retome suas operações. A decisão, tomada em uma votação regional nesta segunda-feira (22), marca um momento crucial no retorno do país à energia nuclear, quase 15 anos após o desastre de Fukushima.

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Localizada a cerca de 220 km a noroeste de Tóquio, a usina industrial estava entre as 54 reatores fechados após o terremoto e tsunami de 2011, que devastaram a usina de Fukushima Daiichi, o pior desastre nuclear desde Chernobyl. Desde então, o Japão reiniciou 14 das 33 usinas que permaneciam operacionais, buscando diminuir sua dependência de combustíveis fósseis importados.

Retomada pela Tepco

Kashiwazaki-Kariwa será operada pela Tokyo Electric Power Co (Tepco), a mesma empresa que administrava a usina condenada de Fukushima. A assembleia da província de Niigata aprovou o voto de confiança no governador Hideyo Hanazumi, que apoiou a retomada das atividades no mês passado.

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Divisões na Comunidade

Apesar da aprovação, a sessão da assembleia expôs as divisões da comunidade sobre a retomada das operações. “Isto nada mais é do que um acordo político que não leva em consideração a vontade dos moradores de Niigata”, disse um membro da assembleia contrário à retomada das atividades.

Manifestações e Preocupações

Cerca de 300 manifestantes permaneceram no local, segurando faixas com mensagens como “Não às armas nucleares” e “Apoiem Fukushima”. Um manifestante de 77 anos, Kenichiro Ishiyama, expressou sua preocupação: “Se algo acontecer na fábrica, seremos nós que sofreremos as consequências”.

Compromisso da Tepco e Relutância dos Moradores

A Tepco planeja reativar o primeiro dos sete reatores da usina em 20 de janeiro, com capacidade total de 8,2 GW. A retomada, prevista para breve, colocaria em operação uma unidade de 1,36 GW no próximo ano e outra com a mesma capacidade por volta de 2030. “Continuamos firmemente comprometidos em nunca repetir um acidente como esse e em garantir que os moradores de Niigata jamais passem por algo semelhante”, disse o porta-voz da Tepco, Masakatsu Takata.

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A Tepco prometeu investir 100 bilhões de ienes (US$641 milhões) na prefeitura nos próximos dez anos, buscando conquistar o apoio dos moradores de Niigata. No entanto, uma pesquisa revelou que 60% dos moradores não acreditavam que as condições para a retomada das operações tivessem sido atendidas. Ayako Oga, que se estabeleceu em Niigata após fugir da área ao redor da usina de Fukushima, expressou sua preocupação: “Conhecemos em primeira mão o risco de um acidente nuclear e não podemos ignorá-lo”.

O governador Hanazumi espera que o Japão consiga, eventualmente, reduzir sua dependência da energia nuclear: “Quero ver uma era em que não precisemos depender de fontes de energia que causam ansiedade”.

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