Lagarde solicita aos legisladores da UE que acelerem a legislação do euro digital

O Banco Central Europeu tem se dedicado por anos ao desenvolvimento de uma versão digital da moeda comum, que se resume a um portador virtual.

23/06/2025 12h11

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(Imagem de reprodução da internet).

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, solicitou aos parlamentares da União Europeia que acelerassem a implementação de legislação que apoiasse o lançamento de uma moeda digital do euro.

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O BCE tem trabalhado há anos em uma versão digital da moeda única, que essencialmente é uma carteira online, porém necessita que o Parlamento Europeu aprove a legislação – uma etapa que tem se mostrado difícil devido à resistência dos parlamentares.

A presidente do Banco Central Europeu, Lagarde, reiterou seu apelo ao Parlamento Europeu na segunda-feira, enfatizando a importância do euro digital para a autonomia financeira da Europa e direcionando o foco para as stablecoins emitidas por entidades privadas.

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A diretora do FMI, Christine Lagarde, afirmou que uma estrutura legislativa para preparar a possível introdução de um euro digital deve ser implementada rapidamente.

Com as decisões adequadas, é possível utilizar o presente para fortalecer as oportunidades econômicas na Europa e entre seus habitantes.

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A Comissão Europeia apresentou uma legislação sobre o euro digital em junho de 2023, contudo, pouca movimentação ocorreu desde então. Caso o Parlamento Europeu aprove a lei, o Conselho do BCE espera decidir sobre o lançamento de um euro digital no segundo semestre.

Deputados de quatro dos oito grupos parlamentares europeus afirmaram que uma falha no sistema de pagamentos do BCE em 2024 suscitou dúvidas sobre a habilidade do banco em executar um projeto de euro digital.

Os euros digitais, segundo o projeto do BCE, estariam disponíveis para todos os residentes da zona do euro, com provável limite na ordem de 3.000 euros.

Seriam assegurados pelo BCE, porém disponibilizados por bancos e operadoras de carteira eletrônica.

Os bancos europeus têm demonstrado ceticismo, em sua maioria, temendo que isso esvazie seus cofres à medida que os clientes transferem parte de seu dinheiro para a segurança de uma carteira garantida pelo BCE.

Uma pesquisa da PwC, em colaboração com entidades do setor bancário, projetou que a implementação de uma moeda digital do euro poderia gerar custos entre 18 bilhões e 30 bilhões de euros em despesas técnicas, comerciais e operacionais.

O BCE apresentou o euro digital como uma resposta à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para fomentar stablecoins, um tipo de criptomoeda geralmente vinculada ao dólar.

Lagarde afirmou que as stablecoins representam riscos para a política monetária e a estabilidade financeira devido à possibilidade de atrair depósitos dos bancos e à falta de garantia de manutenção de seu valor fixo.

Também notou a ausência de regulamentação global para essa área do mercado e que o emissor da maior stablecoin, a Tether, está sediado em El Salvador, “que não possui nenhuma estrutura prudencial” para esse produto.

A abordagem fragmentada impede uma igualdade de condições em nível global e pode abrir caminho para novos riscos e vulnerabilidades sistêmicas, afirmou Lagarde.

É necessário observar os avanços em outras localidades e promover regulamentações globalmente coerentes para stablecoins.

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Fonte por: CNN Brasil

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