Líder do PDT afirmava que a base partidária já estava no limite da tolerância com o governo
O líder do partido na Câmara, Mário Heringer, declara que a decisão se deve às insatisfações que se acumularam nos últimos dois anos.

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) anunciou sua saída da base aliada do governo federal após uma reunião tensa realizada entre os membros da legenda. A decisão, segundo o líder do partido na Câmara, Mário Heringer (MG), foi unânime e reflete o acúmulo de insatisfações ao longo dos últimos dois anos.
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Heringer afirmou em entrevista à CNN que a saída não foi uma decisão precipitada ou oportunista.
Na realidade, o que ocorreu foi resultado de uma combinação de fatores durante esse período, esses dois anos e poucos, em que já havíamos manifestado reclamações, informado o governo, inclusive através da mídia, sobre as relações negativas entre o governo e a bancada do PDT na Câmara.
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Reunião tensa e decisão unânime.
O líder do PDT classificou a reunião como “muito tensa”, destacando que todos os deputados do partido já estavam no limite da paciência com as relações com o governo.
Heringer, que encerrou a reunião, declarou que sua função como líder é “ouvir o grupo, o sentimento do grupo e fazer com que esse sentimento, em síntese, seja representado pela nossa decisão”.
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A participação do ex-ministro Carlos Lupi na reunião foi confirmada, e ele apresentou sua opinião aos presentes. A decisão de deixar a base aliada foi unânime, com os membros do partido não considerando mais viáveis as condições de permanecer diretamente na base governista.
Independência sem oposição.
Heringer esclareceu que, com a saída da base aliada, o PDT não se junta à oposição.
Optamos pela independência por uma estratégia única, que é exatamente não sermos confundidos com a oposição, porque não estamos na oposição, não somos essa oposição que existe.
Heringer ressaltou que o PDT pode representar uma alternativa e um novo rumo para o Brasil, afastando-se da polarização.
Fonte: CNN Brasil