Líder do PL na Câmara afirma não ter ocorrido “chantagem” em relação à desobstrução e se desculpa com Motta

O deputado Sóstenes Cavalcante afirmou que os líderes dos partidos que formam a maioria desta Casa irão propor o fim do foro privilegiado e a anistia.

07/08/2025 19h21

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DF - COLETIVA/OPOSIÇÃO CONTRA PRISÃO BOLSONARO - POLÍTICA - Foto, Lider da Oposição, Sóstenes Cavalcante Deputado Federal durtante coletiva.Nesta quarta (5) Senadores e Deputados de oposição do Governo Lula, fazem coletiva de imprensa contra o Ministro Alexandre de Moraes referente a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. 05/08/2025 - Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco, negou nesta quinta-feira (7), que apoiadores de Bolsonaro tenham feito “chantagem” para a desobstrução da Mesa da Casa em troca da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro. Segundo o presidente, não existe acordo para que a proposta seja votada. “O presidente Hugo Motta não foi chantageado por nós, ele não assumiu compromisso de pauta nenhuma conosco”, discursou o líder na Câmara, enquanto deputados lamentaram no plenário. “Nós, líderes dos partidos que compomos a maioria desta Casa, vamos pautar o fim do foro privilegiado e a anistia. Os líderes. Não o presidente Hugo Motta, não existe chantagem nesta Casa, não é comportamento da direita chantagear ninguém”, completou.

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Sostenes reiterou as desculpas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em relação ao protesto que interrompeu os trabalhos na Câmara por dois dias, devido à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Ontem, com o acirramento dos ânimos, se eu, com Vossa Excelência (Hugo Motta), não fui correto, te peço perdão da tribuna da Câmara. Não fui correto no privado, mas faço questão de vir em público te pedir perdão”, declarou o deputado. Sostenes acrescentou que Motta foi “muito paciente”.

A oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve presente na Câmara e no Senado Federal na terça-feira (5). Os parlamentares reivindicavam a aprovação de um “pacote de paz” após o processo legal envolvendo o ex-presidente Bolsonaro. “O que ocorreu entre o dia de ontem e o dia de hoje, em um ato de obstrução física, não agiu a favor desta Casa. A oposição tem o direito de se manifestar, a oposição tem o direito de expressar sua vontade”, declarou Motta ao retomar a liderança da Casa na quarta.

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As demandas incluíam a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), da anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos no 8 de Janeiro e da proposta de emenda à Constituição (PEC) do fim do foro privilegiado. Durante o período em que se prolongaram os trabalhos da Casa, os parlamentares se revezaram para ocupar as Mesas Diretivas, protestaram com esparadrapo na boca e se acorrentaram à mesa. Motta só recuperou a Mesa Diretora da Câmara na noite de quarta-feira, 6, após dois dias de obstrução, sem acordo para a votação dos temas.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Fonte por: Jovem Pan

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