Liderança de Lula no Mercosul focará na incorporação de açúcar e automóveis

A embaixadora Gisela Padovan defende que o governo brasileiro da negociação do bloco busca expandir os temas a serem discutidos na COP30.

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(Imagem de reprodução da internet).

A gestão interina do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Mercosul deve dar prioridade à incorporação dos setores açucareiro e automotivo brasileiro ao bloco, conforme a embaixadora Gisela Padovan.

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A proposta é incorporar o setor nas cadeias produtivas da região, não apenas em relação às exportações, mas também na fabricação de produtos de maior valor agregado, como bolos, pães e doces.

No setor automotivo, a lógica de negociações persiste, com participações brasileiras se integrando a cadeias de produção de países do Mercosul. Ainda não há negociações bilaterais conclusas sobre nenhum dos dois setores.

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Luiz Inácio Lula viajará na quarta-feira (2.jul.2025) para Buenos Aires (Argentina), onde participará da 1ª cúpula do bloco na presidência. Deve retornar já na quinta-feira (3.jul).

Uma das prioridades do governo brasileiro durante sua gestão provisória é debater o apoio sustentável, devido à proximidade da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). O evento será realizado em Belém em novembro.

A embaixadora declarou que se pretende lançar o “Mercosul Verde”. Seria implementada uma cooperação para que novos negócios se tornassem mais sustentáveis e para que o mundo visse nossas credenciais ambientais.

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As agendas relacionadas ao meio ambiente, energia, desigualdades sociais, segurança pública e outros temas a serem discutidos na cúpula propõem reuniões entre os ministros de Estado dos países do Mercosul.

O Brasil também atuará no lançamento do FOCEM 2 (Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul), fundo próprio do bloco criado para apoiar os países integrantes na redução de desigualdades.

A primeira versão custou aproximadamente US$ 1 bilhão em financiamento de projetos envolvendo Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai e outros membros do bloco.

Gisela Padovan afirma que Lula e o Ministério das Relações Exteriores brasileiro buscarão a incorporação o mais rápido possível da Bolívia ao Mercosul. O período de quatro anos para que o país se torne um membro pleno do bloco iniciou-se em julho do ano anterior.

Existe um interesse do Brasil de que o governo boliviano adote a legislação e a nomenclatura do Mercosul, concluindo o processo de adesão.

A Presidência brasileira também demonstra interesse em acelerar o processo de assinatura do acordo conjunto com a União Europeia. O ministério declarou que a viagem de Lula à França em junho favoreceu as negociações com o presidente Emmanuel Macron.

Ademais, o Palácio Itamaraty comunicou que as negociações com países vizinhos, como Panamá e El Salvador, estão em ritmo moderado, mas também há o esforço de que os acordos já existentes com os demais países sejam “aperfeiçoados e modernizados”.

Esta reportagem foi produzida pelo estagiário de jornalismo Davi Alencar, com supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.

Fonte por: Poder 360

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