O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “não era nada demais”. Para o presidente, não era possível “ceder toda hora”.
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O IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] de [Fernando] Haddad não tinha nada de especial. O Haddad quer que as apostas paguem Imposto de Renda, que as fintechs paguem Imposto de Renda, que os bancos paguem imposto. Não é muito imposto. É um pouquinho só para a gente poder fazer a compensação.
A declaração foi feita durante a gravação do programa Mano a Mano, no domingo (15.jun.2025), no Palácio da Alvorada. O podcast é apresentado por Mano Brown e Semayat Oliveira. Trata-se da segunda vez que Lula participa do programa. A primeira ocorreu em 2021, quando ainda não era candidato à Presidência.
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Toda vez que se excede o limite fiscal, é necessário realizar cortes no orçamento. se for preciso reduzir R$ 40 bilhões do orçamento de obras de rua, da saúde e da educação, deve haver uma compensação. O IOF é destinado a realizar essa compensação. Desejamos captar de setores que auíram grandes lucros e pagam pouco.
A proposta de aumento do imposto foi apresentada pela equipe econômica em maio, confrontando-se com a oposição. Em um jantar ocorrido em 8 de junho na sede da Câmara, com a presença dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), juntamente com a equipe econômica, foram analisadas possibilidades para mitigar o revés no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na semana seguinte, em 16 de junho, a Câmara dos Deputados aprovou por 346 votos a 97 o requerimento de urgência do PDL 314 de 2025, que suspende os efeitos do decreto que aumentou o IOF. A partir de então, a proposta poderá ser votada a qualquer momento.
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A aprovação do requerimento representou uma derrota política para o ministro da Fazenda, que se colocou em férias na mesma segunda-feira (16.jun). Haddad buscou o aumento para aumentar a arrecadação e evitar novos cortes no Orçamento de 2025.
Os deputados propõem anexar outros processos de parcelamento de dívidas (PDLs) ao texto que recebeu urgência, visando impedir totalmente o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Os membros do governo avaliaram que ocorreu o descumprimento de um acordo por parte do presidente da Câmara, Hugo Motta. De acordo com pessoas próximas ao Planalto, existia um entendimento com os líderes partidários para não dar andamento ao requerimento.
Apesar da reação do Congresso, que se move em direção oposta à equipe econômica, o Palácio do Planalto deve adotar uma postura conciliatória para tentar diminuir o desgaste e manter o diácom o Legislativo.
Fonte por: Poder 360