O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que a responsabilidade do acordo de Mariana (MG) recaiu sobre seus ombros. Em evento sobre o assunto em Minas Gerais, o petista afirmou que anteriormente era mais simples, bastando culpar a Vale pela ausência de solução.
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Eu tenho cobrado os meus ministros porque nós trouxemos esse acordo para as nossas costas, enquanto era a Vale que não cumpria, que não fazia o acordo, era fácil xingar a Vale.
O novo acordo de indenização pelos danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), já alocou R$ 7,7 bilhões em pagamentos. Os dados constam no 1º relatório parcial de acompanhamento apresentado nesta 4ª feira (4.jun.2025) ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso.
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De acordo com o relatório, foram autorizados à quitação 52.477 contratos individuais, com o pagamento de R$ 2,476 bilhões diretamente às vítimas do desastre.
A Samarco Mineração, controlada pela Vale e BHP Billiton, também realizou repasses substanciais aos entes federados.
Lula também não poupou críticas à Vale. De acordo com ele, a empresa deixou de ser uma das maiores mineradoras do mundo para ocupar o 14º lugar nas administrações da oposição ao petista.
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Ela demonstrava grande força durante seu tempo no governo. O que desejo é que a Vale se recupere, volte a ser a primeira, que ela cresça, mas acredito que a Vale precisa saber, e a nova diretoria sabe, que o relacionamento com o povo deve ser respeitoso, civilizado e com muito respeito.
O evento catastrófico.
A ruptura da barragem de Fundão ocorreu em 5 de novembro de 2015, no complexo minerário da Samarco, em Mariana (MG).
O desastre liberou aproximadamente 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que devastaram a Bacia do Rio Doce, causando 19 mortes e impactando mais de 40 municípios, 3 reservas indígenas e milhares de pessoas ao longo do rio até sua foz no Espírito Santo.
A tragédia causou a destruição de áreas de preservação e vegetação nativa da Mata Atlântica, resultando na perda da biodiversidade e na degradação ambiental na bacia do Rio Doce e no oceano Atlântico.
O acordo
O Acordo Rio Doce destinará R$ 132 bilhões para ações diversas, incluindo programas de transferência de renda, recuperação de áreas degradadas, remoção de sedimentos, reassentamento de comunidades e pagamento de indenizações às pessoas afetadas.
Conforme informações divulgadas pelo governo, os anúncios realizados nesta quinta-feira (12.jun) foram os seguintes:
Fonte por: Poder 360