Fundo Florestas Tropicais: Países se Reúnem para Selar o Destino Financeiro
Em um momento crucial na COP30, a busca por recursos para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) ganhou força. A reunião, que ocorreu nesta quinta-feira (6), visa determinar quais países contribuirão com investimentos para a manutenção das florestas tropicais ao redor do mundo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Brasil, que liderou a iniciativa, espera que outros países sigam o exemplo, com a Noruega sendo um dos primeiros a anunciar seu apoio.
A expectativa é que diversos países anunciem suas contribuições durante o encontro. A Noruega, um dos primeiros apoiadores do TFFF, deve fazer um anúncio, e a Alemanha também se manifestará na sexta-feira (7), com a presença do chanceler Friedrich Merz na plenária.
LEIA TAMBÉM!
O país estará representado pela diretora de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério de Desenvolvimento e Cooperação Internacional, Heike Henn.
Participação Internacional e Desafios
Até o momento, Brasil e Indonésia são os únicos países em desenvolvimento com florestas tropicais que confirmaram contribuições de US$ 1 bilhão (R$ 5,35 bilhões) cada para o fundo. Espera-se que a China e os Emirados Árabes Unidos também façam contribuições.
A lista de oradores da reunião-almoço desta quinta inclui 13 países, alguns dos quais devem contribuir para o fundo e outros que receberão recursos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Objetivos e Desafios Financeiros
O objetivo do fundo é arrecadar US$ 25 bilhões (R$ 133,8 bilhões) de investimentos públicos, com o potencial de atrair US$ 125 bilhões (R$ 669,4 bilhões) com a participação de investidores privados. O governo brasileiro estima que o fundo possa começar com US$ 10 bilhões (R$ 53,5 bilhões) de investimentos de países.
A meta é romper com o modelo de doações, que historicamente não atende às necessidades urgentes de combate às mudanças climáticas.
Reações e Expectativas
O Reino Unido informou ao governo brasileiro que, por enquanto, não anunciará um investimento, embora tenha apoiado o fundo. Apesar das manifestações de apoio, alguns desapontamentos foram registrados, especialmente devido ao histórico de colaboração do Reino Unido na formação do fundo.
A porta-voz do Departamento de Energia do Reino Unido afirmou que o governo “apoia fortemente” o fundo e que esse apoio continuará, inclusive por meio de esforços para atrair investimentos privados.
Chamado à Ação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a urgência da situação, destacando que “rivalidades estratégicas e conflitos armados desviam a atenção e drenam os recursos que deveriam ser canalizados para o enfrentamento do aquecimento global”.
O presidente também cobrou investimentos ambiciosos de outros países, reforçando a necessidade de um compromisso global para combater as mudanças climáticas.
