O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhou um grupo de pelo menos 130 pessoas na viagem à Rússia e à China. A comitiva do petista incluía ministros de Estado, seus assessores, empresários e seguranças.
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A Presidência da República (26) – majoritariamente composta pela Secom (Secretaria de Comunicação) e pelo Gabinete de Segurança –, a Casa Civil (20) e o Palácio do Itamaraty (12) foram os ministérios ou órgãos que mais levaram pessoas para a viagem internacional.
O Poder360 examinou nomes apresentados no DOU (Diário Oficial da União), no Painel de Viagens —administrado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos— e no Portal da Transparência. A lista completa e oficial não foi divulgada pela Presidência da República, o número total pode ser superior.
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Analise minuciosamente a composição da delegação que acompanhou Lula à Rússia e à China (para abrir em outra aba, clique aqui).
Em relação às despesas diárias e passagens aéreas, os dados ainda são bastante preliminares. Das 130 pessoas analisadas, apenas 28 apresentaram gastos com diárias divulgados, sendo, em média, cerca de R$ 8.500 por pessoa.
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Uma porção da comitiva de Lula desembarcou antecipadamente para coordenar os preparativos da viagem presidencial. A primeira-dama, Janja da Silva, viajou antes do marido, por convite do presidente russo, Vladimir Putin.
Também participaram da viagem membros de equipes técnicas e de apoio, notadamente o Escav (Escalão Avançado) e diplomatas do MRE (Ministério das Relações Exteriores), que se prepararam antecipadamente para organizar os aspectos da visita de Estado presidencial.
Balanço de acordos assinados
O governo federal encerrou a visita bilateral a Pequim com a formalização de 36 acordos com a China. Os temas abordados incluem parcerias em áreas como energia, sustentabilidade, agronegócio, finanças e tecnologia.
De acordo com o presidente Lula, após o 4º Fórum China-CELAC, a viagem à Ásia apresentou um resultado “satisfatório” em relação ao volume de avanços bilaterais e acordos de cooperação firmados.
Assista (59s):
Episódio com Janja
A controvérsia em torno de declarações da primeira-dama eclipsou a viagem do governo federal à Ásia, mesmo com os acordos firmados e os progressos na relação entre Brasil e China.
Janja interromperia uma reunião privada entre Lula e Xi Jinping, abordando os riscos da rede social TikTok, controlada pela ByteDance, e como ela supostamente favorecia influenciadores de extrema-direita.
Após o ocorrido, Lula justificou o apoio à mulher e demonstrou irritação ao questionar quem divulgou a informação para a imprensa, considerando que somente seus assessores mais próximos participaram da reunião. O presidente teria solicitado ajuda a Janja sobre o tema, conforme relato do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Segundo veículos de comunicação, a intervenção da primeira-dama causou constrangimento e violou o protocolo da reunião. Na última segunda-feira (19.mai), Janja declarou que conversou com o líder chinês considerando a proteção de crianças e adolescentes e, apesar das críticas, “não silenciará” sua “voz” sempre que tiver oportunidade para abordar o assunto.
Fonte: Poder 360