Manifestantes bolivianos ligados a Evo Morales ocuparam o aeroporto
Na CNN, a administração de Arce declarou que troncos e galhos foram deixados na pista de aterrissagem.

O governo da Bolívia declarou que o aeroporto de Chimoré, em Cochabamba, foi ocupado por mais de mil apoiadores de Evo Morales, que causaram danos no local.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O ministro boliviano de Obras Públicas, Serviços e Moradia, Edgar Montaño, declarou que mais de mil pessoas da ala evista invadiram violentamente, pela segunda vez, o aeroporto de Chimoré, quebrando cadeados, entrando no local e causando danos.
Em vídeos divulgados pelo governo boliviano, observa-se um grande grupo de pessoas caminhando na pista do aeroporto, por volta das 10h do horário local (11h do horário de Brasília).
LEIA TAMBÉM:
● Trump e Musk: Entenda o que são os Arquivos de Epstein
● Acordo entre Mercosul e União Europeia seguirá em frente? Analise o cenário
● Lula: Campanha eleitoral com inteligência artificial será 100% de mentiras
A CNN, o Ministério de Obras Públicas, Serviços e Moradia declarou no final da tarde que ainda havia indivíduos que haviam invadido o aeroporto no local e que “uma grande quantidade de troncos, galhos e pedras foi espalhada” na pista de aterrissagem.
Em diversos dias, Cochabamba tem sido palco de protestos intensos, incluindo bloqueios rodoviários, em apoio a Morales. Eles exigem que o ex-presidente possa participar das eleições presidenciais de 17 de agosto.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Delegados de Morales tentaram registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral em maio, porém, não foram autorizados. A justiça eleitoral do país determinou que o ex-presidente não pode concorrer, pois seus partidos, Evo Pueblo e Partido Unido da Nação Boliviana (Plurinacional – MAS), não possuem personalidade jurídica válida.
Há também protestos contra a falta de combustível e o aumento do custo de vida. Na terça-feira passada, 19 policiais ficaram feridos e dezenas foram detidas durante as manifestações.
O governo de Luis Arce declarou que recorrerá à força pública, se necessário, para assegurar a realização das eleições presidenciais. Para o ministro da Justiça da Bolívia, apesar de “desculpas” de temas conjunturais, as mobilizações parecem ter o objetivo de interromper o calendário eleitoral.
Morales acusa o governo atual de perseguição política. Já Arce afirma que o ex-presidente está disposto a levar a população à “violência generalizada, ao derramamento de sangue e à ruptura da ordem constitucional por suas ambições doentias de poder”.
A CNN contatou a equipe de Morales para comentar as alegações do governo Arce sobre a ocupação do aeroporto e espera resposta.
Fonte por: CNN Brasil